Putin afirma que a Rússia está preparada para “conversas diretas” com a Ucrânia

Diante da pressão da Europa e dos Estados Unidos, o líder russo declarou que os russos estão “determinados” a realizar “negociações” sérias com a Ucrânia.

10/05/2025 23h08

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente russo, Vladimir Putin, sugeriu “conversas diretas” com a Ucrânia na quinta-feira (15), em Istambul, na Turquia, visando alcançar um cessar-fogo entre os dois países.

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O discurso de Putin se dá em meio à pressão de líderes europeus e dos Estados Unidos para que ele aceite um cessar-fogo de 30 dias, visando encerrar o conflito de três anos.

Putin declarou que desejaria retomar as conversas imediatamente, na quinta-feira, 15 de maio, em Istambul, onde estavam sendo conduzidas anteriormente antes de serem suspensas.

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Putin destacou que as negociações deveriam ser conduzidas “sem pré-condições”.

Putin afirmou que se propõem iniciar negociações sérias com a Ucrânia, visando eliminar as causas profundas do conflito e alcançar o estabelecimento de uma paz duradoura e de longo prazo.

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A proposta surgiu poucas horas após os líderes da Alemanha, França, Reino Unido e Polônia terem solicitado a Putin que aceitasse um cessar-fogo de 30 dias a partir de segunda-feira (12), sob a ameaça de “sanções massivas”, conforme declarado pelo presidente francês Emmanuel Macron, durante sua visita à Ucrânia.

A solicitação surgiu com respaldo dos Estados Unidos, após uma ligação telefônica coordenada entre os líderes, conforme declarado pelos europeus.

após os líderes solicitarem um cessar-fogo, o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, declarou que a Rússia é “resistente a qualquer tipo de pressão”.

A Europa está, de fato, nos confrontando de maneira muito aberta, declarou Peskov, adicionando que Putin apoia a ideia de um cessar-fogo “geralizado”, mas “existem muitas questões” – sem especificar quais – sobre a recente proposta que ainda precisam ser respondidas.

Putin afirmou que conversaria com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acerca das negociações com a Ucrânia.

Há dois meses, a Ucrânia declara o desejo de um cessar-fogo imediato de 30 dias, uma posição apoiada pelos principais aliados europeus do país e também por Trump.

Até o momento, a Rússia se recusou a se comprometer, afirmando apoiar a ideia de um cessar-fogo de 30 dias, mas insistindo que existem questões a serem consideradas.

Na última segunda-feira (4), Putin negou que Moscou tenha rejeitado o diácom a Ucrânia e afirmou que “a decisão agora depende das autoridades ucranianas”.

Não descartamos que durante essas negociações haja a possibilidade de se chegar a um novo acordo, um novo cessar-fogo.

Putin considerou as negociações propostas como “um primeiro passo para uma paz estável e duradoura”, mas não como o início de uma continuação de um conflito armado após o reforço das forças armadas ucranianas.

Putin tem discutido repetidamente a necessidade de tratar o que ele denomina de “causas profundas” do conflito, incluindo a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o Leste Europeu.

Trump escreveu, na quinta-feira passada (8), na rede social Truth Social que, “se o cessar-fogo não for respeitado, os EUA e seus parceiros imporão novas sanções” contra a Rússia.

A CNN relata que Peskov afirmou que a Rússia está “muito grata” pelos esforços de mediação dos EUA, mas também declarou que “é inútil” tentar pressioná-los.

Com colaboração de Andrew Carey, Nick Paton Walsh e Ivana Kottasova.

Fonte: CNN Brasil

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