Quais estados se destacam no mercado de trabalho temporário no Brasil?

O número de trabalhadores que optaram por mudar de emprego no país atingiu um patamar recorde. As regiões Sul e Centro-Oeste se destacam nesse levantamento.

03/05/2025 2h22

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

A Região Sul ocupa a primeira posição no ranking de demissões voluntárias no Brasil, que atingiram recordes nos últimos 12 meses, representando 36% dos trabalhadores com carteira assinada no país (saiba mais sobre o tema neste link). O estudo da LCA Consultores, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), confirmou essa tendência.

Segundo a análise do economista Bruno Imaizumi, a taxa de mudança de emprego no Sul atingiu aproximadamente 45% nos últimos 12 meses. Isso representou o percentual de trabalhadores formais que optaram por mudar de emprego. O Centro-Oeste registrou 40%, seguido pelo Sudeste (35%), Norte (30%) e Nordeste (25%).

Segundo Imaizumi, esses indicadores estão associados, principalmente, ao aquecimento do mercado de trabalho no país. A estabilidade econômica da Região Sul se contrapõe com as taxas abaixo da média das regiões Norte e Nordeste, que contemplam mercados menos dinâmicos e menor oferta de empregos formais.

Contudo, ressalta-se a participação do Centro-Oeste na análise, com resultados que se destacaram da média nacional. “Este movimento foi impulsionado pelo crescimento econômico acelerado da região nos últimos anos, especialmente em setores como a agropecuária e os serviços, que oferecem oportunidades alternativas aos trabalhadores”, afirma o economista.

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Estados de destaque

Na Região Sul, Santa Catarina lidera a troca de empregos formais, com índice de aproximadamente 50% (metade da população com carteira assinada mudou de emprego em 12 meses, encerrados em fevereiro). O estado é seguido pelo Paraná (cerca de 45%) e pelo Rio Grande do Sul (quase 40%).

Em São Paulo e Espírito Santo, as maiores concentrações foram observadas, com taxas ligeiramente superiores a 35%. No Rio de Janeiro, a posição foi a segunda, com valores acima de 30%. “O Rio vem perdendo espaço no emprego formal nos últimos anos devido a questões estruturais, o que se refletiu no descolamento da média de trocas de emprego do Sudeste nos últimos anos”, afirma Imaizumi.

Força do agro

No Centro-Oeste, o Mato Grosso do Sul liderou com quase 45% das mudanças de emprego nos últimos 12 meses até fevereiro, seguido por Mato Grosso, com cerca de 40%. Ambos os estados possuem forte ligação com o agronegócio, que tem apresentado resultados positivos nos últimos anos.

No Norte, Rondônia liderou, com resultados próximos de 40%. A razão, segundo Imaizumi, reside no deslocamento do estado da curva da média nacional nos últimos três anos, impulsionado pelo avanço do agronegócio e seu impacto em diversos setores.

O menor aumento na taxa de rotatividade de empregos observa-se no Nordeste. Isso também reflete o menor número de vagas de trabalho na região. Quase todos os estados estão em um patamar similar, em torno de 25%. O Ceará é a única exceção, atingindo cerca de 30%.

Fonte: Metrópoles

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