Quais são as instalações nucleares do Irã e por que o acesso é complicado?

Especialista ressalta a infraestrutura nuclear iraniana e afirma que instalações subterrâneas dificultam potenciais ataques israelenses.

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Carro de segurança passa em frente a unidade nuclear de Natanz, a 300 km ao sul de Teerã 20/11/2014

O Irã detém urânio enriquecido com potencial para fabricar até nove armas nucleares, conforme dados da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A informação foi divulgada pelo pesquisador de Harvard e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vitelio Brustolin, em entrevista à CNN Brasil.

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Segundo o especialista, Irã mantém instalações de enriquecimento de urânio subterrâneas em Natanz e Fordow, concebidas para resistir a ataques aéreos. “Natanz, por exemplo, é um centro de enriquecimento de urânio que opera com centrífugas em cascata a 40 até 50 metros abaixo do solo”, explicou Brustolin.

As instalações nucleares são protegidas.

O professor ressaltou que as instalações iranianas são construídas em profundidades que as tornam quase impenetráveis a ataques convencionais. “Fordow é um laboratório de enriquecimento de urânio escavado a 90 metros debaixo de uma montanha, com o objetivo de evitar ataques aéreos de Israel”, declarou.

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Brustolin destacou que a infraestrutura nuclear iraniana é projetada para suportar ataques, com túneis reforçados e portas anti-explosão entre os segmentos. “Os túneis também fazem curvas de 90 graus para impedir que as explosões se espalhem”, complementou.

Tensões entre Irã e Israel

As informações sobre o programa nuclear iraniano emergem em um momento de acirramento das tensões entre Irã e Israel. Recentemente, Israel conduziu um ataque contra o território iraniano, atingindo 150 alvos durante a noite.

O professor Brustolin alertou que a situação atual torna o cenário internacional mais perigoso, com outros países manifestando interesse em desenvolver armas nucleares. “Olhe para a Polônia, por exemplo, a Polônia quer armas atômicas para se defender da Rússia, a Ucrânia também”, exemplificou.

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Fonte por: CNN Brasil

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