Quais serão os rumos de expansão dos Institutos Federais?
O destino que cada Instituto Federal receberá das novas vagas de servidores anunciadas pelo Governo Federal será importante.

A criação, expansão e consolidação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) representam a política pública de educação profissional e tecnológica mais relevante, com foco no ensino médio integrado. Essa modalidade visa romper com a divisão entre a formação geral para aqueles que buscam o ensino superior e posições de liderança na sociedade, e outra destinada à formação tecnicista e prática para trabalhadores manuais ou tarefas de execução simples.
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A política de inclusão social pelas cotas permitiu que quilombolas, indígenas, ribeirinhos e pequenos agricultores tivessem acesso aos IFs para preparação para o ensino superior, ingresso no mercado de trabalho ou estudo e trabalho concomitantes. Após um governo de extrema direita, o governo Lula está recuperando e expandindo investimentos, inclusive no interior, em um contexto adverso com cortes parlamentares e restrições. O Governo Federal liberou quase 2500 vagas para técnicos e 2.000 para docentes da EBTT. Essas vagas apoiam a expansão da Rede de Institutos Federais e a consolidação das unidades existentes, com investimentos de 25 milhões por nova unidade e 1,4 bilhão para as existentes, visando 140 mil novas matrículas. A defesa prioritária é a oferta de cursos de ensino médio integrado, pois o ensino médio é o local da disputa pela juventude e oferece a oportunidade de desenvolver a cidadania e superar a dependência e o atraso do Brasil.
A organização e a atuação política na luta pelos direitos básicos são fundamentais, especialmente na defesa do ensino médio integrado.
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Gaudência Frigotto é filósofa e pedagoga, mestre e doutora em Educação. Professora titular aposentada na Universidade Federal Fluminense (UFF) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Tiago Fávero é filósofo, doutor em Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH/UERJ). Professor do Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG e do PPGE da Universidade Federal de Juiz de Fora – MG; Arthur Rezende é doutor em Educação (Universidade Católica de Petrópolis). Técnico em Assuntos Educacionais do IFFLUMINENSE, Campus Santo Antônio de Padua, RJ.
Este é um artigo de opinião e não representa necessariamente a linha editorial do Brasil do Fato.
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Fonte por: Brasil de Fato