A emocionante presença de Sandra Gadelha, mãe de Preta Gil, no velório da filha, evidenciou a importância da mulher na vida de Gilberto Gil e na memória afetiva da música popular brasileira. Com 77 anos, Sandra acompanhou o ex-marido no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na sexta-feira (25) durante a cerimônia de despedida da filha, falecida aos 50 anos no domingo (20).
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Drão“>A mulher por trás de “Drão”.
Sandra Gadelha, ex-esposa de Gilberto Gil, teve união entre 1969 e 1980. A relação gerou três filhos: Pedro Gil, que faleceu em acidente automobilístico aos 20 anos, Preta Gil e Maria Gil, que atualmente trabalha com o pai na produção de apresentações musicais. O termo “Drão” foi criado por Maria Bethânia, uma das madrinhas afetivas da Tropicália e de Preta. A variação carinhosa de “Sandrão” foi incorporada em canção com o mesmo nome, composta por Gil em 1982, logo após o término do casamento com Sandra, tornando-se um dos maiores sucessos da carreira do artista.
Em Todas as Letras, lançado em 2000, Gil explica que a composição tratava de “um assunto denso, o amor e o desamor, o rompimento, o final de um casamento” e foi escrita exclusivamente para Sandra. Ela também faz parte da história da música brasileira de forma indireta. Sandra é irmã de Déide Gadelha, a primeira esposa de Caetano Veloso, com quem conviveu intensamente durante o exílio dos artistas na Inglaterra, no final dos anos 1960 e início dos 1970.
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Naquele período, em Londres, surgiu o primeiro filho da família, Pedro. A família voltou para o Brasil em 1972, e nos anos seguintes nasceram Preta e Maria. Sandra manteve uma atitude reservada ao longo da vida, mesmo com a notoriedade da família, priorizando a privacidade em relação à exposição.
Música marcou último apelo de Preta.
A última apresentação pública de Preta Gil ocorreu há cerca de três meses, ao lado do pai, Gilberto Gil, no Allianz Parque. Na ocasião, ela interpretou a canção dedicada à mãe, emocionando o público e levando Gil às lágrimas no palco. A cerimônia de cremação de Preta Gil se encerrou por volta das 17h de sexta-feira, 25, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuária do Rio. A opção de cremação foi um pedido de Preta à família. O corpo dela foi levado até o cemitério em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros e passou pelo chamado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil. Na chegada, segundo a revista Quem, um violinista tocava Drágo.
Com informações do Estado.
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Fonte por: Jovem Pan