Você já percebeu que as palavras “pão” e “mão” formam o plural de maneiras diferentes, embora ambas terminem em “ão”? A resposta para essa diferença está na origem latina dessas palavras e nas regras de flexão do latim.
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Este artigo examina como essas regras impactaram a formação do plural em português e o que revela sobre a evolução da língua.
O plural de “pão”: a influência do latim “panis”.
A palavra “pão” deriva do latim panis, um substantivo masculino que obedece a uma regra particular para o plural. No latim, palavras terminadas em -is formam o plural com a terminação -es, resultando em panes.
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Com o tempo, essa forma latina se adaptou ao português e, com uma mudança fonética natural, tornou-se “pães”.
Essa estrutura de flexão de número em latim, preservada no português, demonstra a evolução da língua ao longo dos séculos, com adaptações fonéticas que conferiram maior fluidez ao plural para os falantes.
O plural de “mão”: A adaptação de “manus”.
A palavra “mão” deriva do latim manus, um substantivo feminino. No latim, palavras terminadas em -us formam o plural com a terminação -s.
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Contudo, a adaptação fonética em português resultou na forma plural de manus em “mãos”.
A alteração no plural de “mão” reflete uma flexão de número mais simples e direta, adequada às características fonológicas do português.
O latim continua a influenciar o português até o presente.
As variações no plural de “pão” e “mão” ilustram como a língua portuguesa preservou e ajustou certas normas do latim.
As palavras provenientes do latim adaptaram-se ao som e à morfologia do português, mantendo, em certa medida, a estrutura original.
Compreendendo essas origens, é possível perceber como a língua se desenvolveu, preservando ligações com o passado.
Em síntese, o plural de “pão” e “mão” segue regras com raízes no latim. As palavras derivadas de panis e manus mantiveram a flexão numérica latina, porém sofreram adaptações fonéticas que levaram às formas atuais em português.
Fonte por: FDR