Qual é o motivo de nossa fila de supermercado ser sempre mais lenta?
Físico inglês, laureado com o prêmio IgNobel, forneceu conselhos em entrevista à CNN sobre como lidar com a situação.

O físico britânico Robert Matthews, que recebeu o prêmio IgNobel de Física em 1996, explicou em uma entrevista à CNN por que frequentemente percebemos que nossa fila no supermercado se move em um ritmo mais lento do que as demais.
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O fenômeno é bastante comum. Você enche seu carrinho de compras e escolhe cuidadosamente a fila que parece mais rápida, seja a que tem menos pessoas ou aquela em que os consumidores estão com menos itens para passar no caixa, para se livrar da tarefa o mais rápido possível. Enquanto espera, você frequentemente se dá conta de que tomou a decisão errada e outra fila anda mais rápido que a sua.
O docente da Aston University, sediada em Birmingham, no centro-oeste da Inglaterra, aponta que a questão reside no referencial. Ao selecionar uma fila, você tende a compará-la com aquelas que estão à direita e à esquerda. Isso significa que sua fila possui apenas 33% de probabilidade de ser a mais rápida.
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Matthews explica que todas as três fileiras estão sujeitas a atrasos aleatórios. Não é possível encontrar o preço de algum produto, ou as pessoas estão tentando localizar seus cartões de crédito. Assim, em qualquer visita regular ao supermercado, as três fileiras que lhe interessam, incluindo a sua e as duas de cada lado, podem apresentar esses atrasos.
As probabilidades de a fila que você selecionou ultrapassar as demais é de aproximadamente uma a cada três. Apenas uma delas irá concluir primeiro e é provável que não seja a sua.
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O físico propõe uma solução matemática para que a sua fila avance mais rapidamente: você deve selecionar a última fila, aquela localizada em um dos cantos do supermercado, e, assim, terá apenas uma fila adjacente. Desta maneira, seu conjunto de referências é diminuído e suas probabilidades de sucesso elevam-se de 33 para 50%.
Suas chances de ser atendido aumentaram de dez para oito, pois existe apenas mais um corredor esperando.
Robert Matthews explicou que o mesmo raciocínio se aplica às faixas de tráfego de uma estrada. Todas elas estão sujeitas às mesmas aleatoriedades e, não faz sentido que você fique trocando de faixa sem saber o que pode causar uma diferença específica, como um acidente ou algo do tipo.
O especialista defende que, caso você esteja em uma estrada e não compreenda a causa do atraso em todas as três faixas, não é aconselhável mudar de faixa.
Robert Matthews qual é?
Robert Matthews, físico inglês, recebeu o prêmio iNobel de Física em 1996 por elucidar a Lei de Murphy da Torrada, o fenômeno pelo qual uma torrada geralmente cai com o lado untado para baixo.
O britânico nasceu na cidade de Carshalton, ao sul de Londres, e obteve diploma em física pela Universidade de Oxford, em 1991. Ele atuou como jornalista de divulgação científica e, por estes meios, atualmente faz parte do corpo docente da Aston University, situada em Birmingham, no centro-oeste da Inglaterra.
Matthews utilizou matemática e física para elaborar uma equação que explicava a Lei de Murphy da Torrada, conhecida por ser um ramo da famosa Lei de Murphy, que afirma que tudo o que pode falhar, falhará.
Recentemente, foi convidado pela Enterogermina para desenvolver o processo de retorno e criar uma torrada que se voltasse sempre de pé. Considerando que a mesa deve ter três metros de altura para que a torrada realize o movimento completo, o físico testou diversos formatos de torrada.
A resposta foi selecionar uma torrada pequena, mais clara e com um espaço na borda para evitar que ela rodasse ao se aproximar da extremidade da superfície.
Veja o vídeo que detalha o projeto.
Por que o tempo parece passar mais lentamente em certas circunstâncias?
Fonte: CNN Brasil