Qual o engenheiro encontrado morto em praia na Argentina?
A professora de música de Rafael Barlete Rodrigues o descreveu como calmo, bem-humorado e com o desejo de transformar o mundo.

O engenheiro brasileiro Rafael Barlete Rodrigues, 32 anos, foi encontrado morto na última quarta-feira (7) em Mar del Plata, na Argentina. Segundo o pai, ele saiu para caminhar na terça-feira (6) e a suspeita é de que a maré tenha subido e arrastado a vítima. Rafael era natural de Bebedouro em São Paulo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Rita Monteiro, ex-professora de música de Rafael, relata que o engenheiro era uma pessoa serena, reservada e com bom humor, apreciando viagens e diferentes ambientes. “Ele gostava de explorar os ambientes, apreciava a natureza e optou por morar na Argentina para atuar como engenheiro voluntário”, afirma Rita.
Rafael possuía graduação em Engenharia Civil, porém, segundo Rita, o desejo do brasileiro era dedicar-se à música. “Ele buscou uma universidade no sul, contudo, em razão das condições financeiras da família, ele não concluiu o curso de música”, afirma a professora.
Leia também:

Engenheiro brasileiro encontrado morto em praia na Argentina

Buracos que reabriram na Marginal Tietê devem levar 30 dias para serem preenchidos

Polícia apreende chefe do Primeiro Comando da Capital envolvido no tráfico de drogas em São Paulo
Para atender às suas necessidades financeiras, Rafael optou por estudar engenharia. “Nós conversávamos de muitas coisas… ele gostava de diversas áreas do conhecimento humano, a gente costumava trocar bastante livro, ele gostava muito de ler”, completou Rita.
A professora ficou surpresa ao saber que ele estava na Argentina, pois o brasileiro cantava no coral dela, morou em Ubatuba e fez aulas online com Rita. Rafael estudava Ópera, violino erudito e participava de projetos musicais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Amigos se organizam para transporte do corpo.
Segundo João Aparecido Rodrigues, o engenheiro sumiu após caminhar e levar consigo o violão e uma mochila. “Ele costumava fazer essas viagens mais longas e eu já estava acostumado, mas naquele dia ele foi para um local próximo a um barranco e, dali, não teve como ele voltar a pé; é o que suspeitam os policiais”, afirmou o pai.
A prefeitura de Bebedouro está apoiando o traslado do corpo, além de uma arrecadação organizada por amigos de Rafael para cobrir os custos.
O Ministério das Relações Exteriores, através do Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires, declarou ter conhecimento do caso e está em contato com a família do brasileiro, prestando assistência consular.
Sob a supervisão de Thiago Félix.
Fonte: CNN Brasil