Quase completando um ano de operação, a Voa Brasil comercializou 1,37% dos seus assentos
O programa do governo federal disponibilizou três milhões de bilhetes, porém apenas 41.165 desses foram comercializados.

O programa Voa Brasil, que possibilitava a compra de passagens por R$ 200 por trecho, apresentou um desempenho de retorno inferior às expectativas do governo federal. Informações divulgadas em reportagem do jornal O Globo indicam que, em um ano, o governo dispunha de 3 milhões de assentos. Contudo, a apenas dois meses do prazo final, foram vendidos apenas 41.165 bilhetes entre julho de 2024 e maio de 2025, correspondendo a 1,37% do total.
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A iniciativa do Ministério de Portos e Aeroportos registrou queda nas vendas nos últimos 5 meses. Os números mostram redução de 5.308 bilhetes em janeiro para 2.604 em maio.
O programa não utiliza recursos públicos e depende exclusivamente da disponibilidade de assentos vagos oferecida pelas companhias aéreas, principalmente em baixa temporada. Assim, as empresas geralmente disponibilizam apenas lugares não ocupados para melhorar a rentabilidade dos voos em rotas específicas.
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A pouca participação no Voa Brasil está relacionada a vários aspectos. Os principais entraves são a baixa renda do público-alvo e as dificuldades de acesso à plataforma digital. Cerca de 70% dos aposentados do INSS recebem apenas um salário mínimo (R$ 1.518).
O programa foi lançado no final de julho de 2024, após atrasos em sua implementação. Uma das preocupações da Casa Civil durante o planejamento era o risco de frustração da medida. De iniciativa do ex-ministro de Portos e Aeroportos Márcio França (PSB), o projeto demorou para ser concretizado.
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Atualmente, o Voa Brasil atende somente aposentados do INSS que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses. A iniciativa ainda não incluiu pensionistas nem estudantes do Proni (Programa Universidade para Todos), como havia sido prometido inicialmente pelo governo.
O programa funciona no ambiente de livre mercado estabelecido desde a criação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) em 2006, que concede autonomia às companhias aéreas para determinar destinos e preços das passagens. Nesse período de quase um ano, a participação das companhias aéreas se distribuiu da seguinte forma:
Segundo publicação do jornal O Globo, o Ministério de Portos e Aeroportos está aguardando informações do MEC (Ministério da Educação) para estender o programa aos estudantes do Proni, uma promessa feita no lançamento que ainda não foi concretizada.
De acordo com o Ministério dos Portos e Aeroportos, os 3 milhões de bilhetes inicialmente referidos diziam respeito à quantidade que as companhias haviam se comprometido a disponibilizar.
Fonte por: Poder 360