Quatro em cada dez líderes falham em enfrentar riscos psicossociais, revela pesquisa
Levantamento revela deficiências na formação de gestores e falta de políticas contra assédio em um terço das empresas.

Falta de Preparação para Riscos Psicossociais nas Empresas Brasileiras
Uma pesquisa recente da Zenklub, empresa Conexa, revelou que quatro em cada dez líderes de empresas brasileiras não estão preparados para lidar com riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Além disso, uma em cada três organizações ainda não implementou políticas formais contra o assédio. O estudo avaliou quase 800 companhias em todo o Brasil, evidenciando a imaturidade na gestão dos fatores de risco relacionados à saúde mental.
Para auxiliar as empresas, a Zenklub criou um checklist baseado na Norma Regulamentadora 1 (NR-1), que visa avaliar os processos de trabalho e promover práticas preventivas. De acordo com a pesquisa, 43% das empresas afirmaram que seus líderes não têm capacitação para identificar riscos psicossociais, enquanto 33,3% mencionaram uma formação apenas parcial. Somente 18,4% consideram que suas lideranças estão adequadamente preparadas.
Desafios na Gestão de Pessoas
O levantamento também apontou que 40% das empresas não oferecem treinamentos contínuos em gestão de pessoas e comunicação empática. Em 29,1% delas, os gestores enfrentam dificuldades para manter um ambiente de trabalho colaborativo. Rui Brandão, cofundador da Zenklub e vice-presidente de Saúde Mental da Conexa, destacou que, apesar de muitas empresas terem estruturas formais de liderança, ainda há uma oportunidade significativa para fortalecer a capacitação dos gestores.
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Brandão enfatizou que a NR-1 pode ajudar a iluminar esses pontos, incentivando as organizações a investirem em capacitação e a se prepararem melhor para lidar com riscos psicossociais de maneira estratégica.
Problemas na Admissão e Planejamento
Os problemas começam na fase de admissão, onde metade das empresas avaliadas não define claramente o escopo e as responsabilidades de cada função. Além disso, 58,8% não formalizam rotinas de trabalho, o que resulta em falhas na organização de prazos e prioridades. Apenas 33,5% conseguem estruturá-los adequadamente, e para 61% das companhias, a dificuldade em planejar tarefas leva à sobrecarga e ao aumento dos riscos de adoecimento, como ansiedade e depressão.
Brandão ressaltou que a gestão equilibrada da carga de trabalho é uma ferramenta de prevenção. Ele afirmou que, ao adotar práticas previstas pela NR-1, as empresas podem organizar melhor seus processos, reduzir riscos de esgotamento e criar condições mais saudáveis para os funcionários.
Deficiências na Prevenção ao Assédio
A pesquisa também revelou sérias deficiências na prevenção ao assédio. Apenas 37,1% das empresas afirmaram ter uma política formal sobre o tema, enquanto 35,8% não possuem qualquer diretriz e 21,9% têm apenas ações parciais. A NR-5, que regula a CIPA, exige que as organizações abordem a prevenção de assédio em seus programas internos.
Os processos de denúncia também apresentam fragilidades: apenas 38,9% das companhias têm um fluxo estruturado de apuração. Outras 36,2% não contam com nenhum processo, e 19,1% relatam ter canais incompletos, o que compromete a segurança dos trabalhadores e aumenta o risco de impunidade.
Necessidade de Evolução em Políticas de Inclusão
Brandão destacou que os dados indicam a necessidade de evolução em segurança emocional e políticas de prevenção. A falta de políticas claras e canais eficazes expõe os profissionais a situações de risco, impactando diretamente sua qualidade de vida e produtividade.
Mais da metade das empresas (53,2%) não possui comitês ou metas de diversidade e inclusão. Além disso, 42,6% não analisam práticas de equidade salarial e 40,1% não oferecem suporte psicológico acessível aos funcionários.
Para Brandão, integrar saúde mental às políticas de diversidade e inclusão é fundamental. Ele concluiu que essa integração cria um ambiente seguro e saudável para todos os colaboradores.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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