Queda de balão: “Turismo de aventura é seguro”, afirma diretor da Abeta

Um balão com 21 pessoas a bordo caiu, ceifando a vida de 8 ocupantes, no sábado (21). O acidente ocorreu em uma área de mata próxima à cidade, famosa pela prática do balonismo.

Para Luiz Del Vigna, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), as empresas precisam seguir rigorosamente as normas de segurança para evitar novos acidentes.

O turismo de aventura no Brasil, de modo geral, é bastante seguro, principalmente devido ao conjunto de normas técnicas que a Abeta desenvolve em parceria com o Ministério do Turismo, o que possibilita ao país ter um arcabouço para operações seguras, embora nem sempre essa prática seja realizada pelas empresas, conforme afirma Vigna em entrevista à CNN.

O diretor da instituição também ressalta a importância da população exigir das empresas credenciais de segurança, para que a prática de atividades de aventura seja segura.

É fundamental que o consumidor, ao contratar um operador de turismo de aventura, verifique se a empresa está devidamente formalizada e se possui um sistema de gestão de segurança implementado, o que é exigido por lei, segundo o diretor da Abeta.

Outro ponto discutido foi a importância do setor em avaliar e fortalecer os aspectos de segurança, considerando o aumento da procura por atividades turísticas desse porte.

“É evidente que as pessoas param para refletir um pouco, quero acreditar que é uma oportunidade para o setor fazer uma reflexão sobre esse crescimento, o mercado vem crescendo, infelizmente mais acidentes têm acontecido”, finaliza Vigna.

Cerca de 30 bombeiros militares foram mobilizados para atender à ocorrência, com o apoio de diversas viaturas e uma aeronave.

A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) realizou a regulação médica e o traslado das vítimas.

O balão, que incendiou no ar e caiu próximo a um posto de saúde, levava aproximadamente 21 indivíduos. A informação foi comunicada por Tiago Lemos, agente da Polícia Civil de Santa Catarina.

O piloto, um dos sobreviventes, relatou que o fogo começou em um equipamento auxiliar de um balão principal, utilizado para acendê-lo. Ao identificar a chama no cesto, o piloto tentou diminuir a altitude do balão e, já próximo do solo, instruiu os passageiros a saltarem.

Relatos indicam que o aumento das chamas provocou a retomada da subida do balão em razão da redução do peso, levando à queda fatal de quem não conseguiu saltar.

Fonte por: CNN Brasil