O contrato mais líquido de ouro registrou queda nesta segunda-feira (16), após avançar nas últimas sessões, em meio ao aumento das tensões entre Israel e Irã.

A expectativa de que Teerã não escalasse o conflito, um sinal dado por autoridades, aumentou o interesse por riscos nos mercados, pressionando os preços do metal.

Na semana, é preciso acompanhar as disputas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

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O contrato de ouro com vencimento em agosto caiu 1,03% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), fechando o dia a US$ 3.152,3 por onça-troy.

O metal avançou na última semana devido ao aumento das tensões entre Israel e Irã, conforme declaração de David Morrison, da Trade Nation. Posteriormente, os preços têm diminuído continuamente, ainda que o ouro tenha recuperado sua relevância, segundo Morrison.

A incidência de ataques levou os investidores a buscar o ouro como alternativa, com o dólar sendo desconsiderado em relação a ele, segundo Morrison. Os investidores demonstram insatisfação com as políticas comerciais do presidente Trump e com o déficit orçamentário dos EUA.

Jim Paulsen, ex-estrategista de mercado da The Leuthold Group e do Wells Fargo, afirmou: “Nos últimos dois anos, o ouro tem sido a solução para qualquer coisa que te assuste”.

Ele está acompanhando a tendência de um ceticismo contínuo e crescente. O aumento e a intensificação do receio elevam o valor do ouro. Contudo, quando o pessimismo se torna excessivo, o preço do ouro frequentemente se aproxima de um máximo, completou.

O ouro é mais uma operação de momentum. O desempenho superior pode não durar.

Chris Brightman, da Research Affiliates, afirma categoricamente que o ouro não é o porto seguro que se acredita. “O ouro é excessivamente volátil. Se o considera como reserva de valor, está deixando de aproveitar uma oportunidade. É um ativo especulativo”, declarou Brightman, CEO e diretor de investimentos da Research Affiliates.

Apesar disso, o ouro possui diversos admiradores. Um deles é Ed Yardeni, da Yardeni Research, que projeta que o ouro será “o claro vencedor” em meio a mais uma série de instabilidades geopolíticas. Yardeni estima que o ouro aumente em 17% – alcançando US$ 4.000 a onça até o final de dezembro e subindo mais de 45%, para US$ 5.000 a onça até o final de 2026.

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Fonte por: CNN Brasil