Queimaduras: observe os cuidados para prevenir acidentes em residências e festas juninas

A Luta Contra Queimaduras é comemorada nesta sexta-feira (6) para aumentar a conscientização sobre os riscos e as medidas preventivas.

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(Imagem de reprodução da internet).

No Brasil, aproximadamente um milhão de indivíduos enfrentam casos de queimaduras, com 70% deles acontecendo em residências. Os dados são da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) e corroboram o alerta do Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras, celebrado nesta sexta-feira (6) como iniciativa de conscientização sobre os riscos e as medidas preventivas.

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A organização aponta que as crianças até cinco anos são as mais afetadas. Dados da SBQ e do Ministério da Saúde indicam que cerca de 400 mil crianças sofrem queimaduras anualmente no Brasil, sendo que aproximadamente 30 mil necessitam de internação hospitalar.

A maioria dos acidentes acontece em residências, sobretudo na cozinha, e está associada ao contato com substâncias quentes, como água e óleos ferventes, panelas, ferro de passar roupa e fornos.

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A maioria desses incidentes ocorre devido à falta de atenção passageira. Crianças pequenas são bastante curiosas e não possuem consciência dos riscos. A vigilância dos adultos é essencial, segundo Luiz Philipe Molina Vana, coordenador do Centro de Tratamento de Criança Queimada (CTCQ) do Hospital Sabará.

Para prevenir ocorrências indesejadas, o especialista ressalta os principais cuidados:

O período junino representa um alerta significativo quanto aos riscos de queimaduras, devido à exposição frequente a fogueiras, fogos de artifício e balões irregulares.

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Durante os meses de festa junina, a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão registrou mais de 34 mil atendimentos por queimaduras no país, com as mãos como as regiões mais afetadas, resultando em lesões de segundo grau, deformidades permanentes ou até amputações.

É importante tomar alguns cuidados ao confraternizar em festas de São João. Por exemplo, o fogo deve ser aceso em ambientes abertos e bem ventilados, e nunca em ambientes fechados, varandas ou espaços com cobertura. Mesmo em locais apropriados, é essencial manter uma distância segura e restringir o acesso de crianças e animais ao redor da fogueira.

Especialistas recomendam evitar o uso de materiais inflamáveis para iniciar o fogo, como álcool ou gasolina, devido ao risco de explosões e queimaduras graves. Em eventos públicos ou privados com fogueiras, é recomendado que a montagem seja feita por profissionais qualificados, com acompanhamento e sinalização adequadas.

Os mesmos cuidados se aplicam aos fogos de artifício. “O manuseio de fogos deve ser feito apenas por adultos, sempre com produtos certificados por órgãos competentes. Itens como bombinhas e rojões não devem, em hipótese alguma, ser entregues a crianças”, afirma Letícia Jacome, clínica geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Em situações de queimaduras de baixa intensidade, é possível amenizar os sintomas lavando a área afetada com água corrente fria por, no mínimo, 10 minutos. Remédios caseiros, como manteiga, pasta de dente ou pó de café – frequentemente considerados “tratamentos” para queimaduras – devem ser evitados. “Essas práticas populares podem intensificar a lesão e complicar o tratamento”, afirma Jacome.

Em caso de queimadura com bolhas, dor forte, pele acinzentada ou avermelhada, trata-se de um sinal de gravidade que requer atendimento médico imediato, especialmente em crianças.

O atendimento a crianças com queimaduras necessita de uma estrutura multidisciplinar com experiência na redução de sequelas e também na orientação psicológica relacionada ao trauma do acidente, segundo Molina.

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Fonte por: CNN Brasil

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