A morte de Saleh al-Arouri, líder e um dos fundadores das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, a ala militar do Hamas, causou mais tensão no Oriente Médio esta semana.
Ainda não se sabe quem é responsável pelo ataque que resultou na morte de al-Arouri, ocorrido no sul de Beirute, no Líbano. No entanto, um oficial dos Estados Unidos informou à CNN que Israel está relacionado ao incidente.
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O Hamas disse que Arouri, vice-chefe do gabinete político do grupo armado, foi “martirizado em um traiçoeiro ataque aéreo sionista em Beirute”. Saiba abaixo quem era Al-Arouri.
Saleh al-Arouri é uma pessoa
Saleh Mohammed Suleiman al-Arouri, líder político e militar do Hamas, nasceu em 1966 na aldeia de Aroura, em Ramallah, na Cisjordânia.
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Ele foi um dos fundadores das Brigadas Al-Qassam, que é o braço militar do Hamas na Cisjordânia. Ele é conhecido por ser o responsável pela parte de armamento do grupo.
Saleh al-Arouri foi membro do Hamas desde 1987 e, de acordo com o Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR), era considerado líder do grupo armado na Cisjordânia antes de falecer. Ele também é membro do Politburo do Hamas desde 2010 e foi eleito vice-líder em 2017, segundo o ECFR.
Israel considerava al-Arouri um dos principais responsáveis pelas Brigadas Al-Qassam na Cisjordânia ocupada. Ele também era acusado de estar envolvido no sequestro de três colonos em Hebron, o que resultou na demolição de sua casa.
Ele começou a criar e organizar um grupo militar para o movimento na Cisjordânia em 1991 e 1992, o que resultou na formação das Brigadas Al-Qassam na Cisjordânia em 1992.
Ajudou a negociar a libertação do soldado israelense capturado Gilad Shalit, em 2011, em troca de 1.027 prisioneiros palestinos detidos em prisões israelense.
Ele foi preso muitas vezes por Israel, inclusive por muito tempo, entre 1985 e 1992 e entre 1992 e 2007, de acordo com o TEDH.
Em 2010, foi deportado por Israel para a Síria, onde viveu três anos antes de se mudar para a Turquia e viajar para vários países, incluindo o Catar e a Malásia. Por fim, se estabeleceu nos subúrbios ao sul do Líbano.
O exército israelense demoliu a casa de Arouri em Aroura em outubro. As Forças de Defesa de Israel (FDI) pontuaram na época que suas tropas “operaram na cidade” para “demolir a residência de Saleh Al-Arouri, vice-chefe do gabinete político da organização terrorista Hamas e responsável pelas atividades do Hamas na Judeia e Samaria”.
Em 2015, o governo dos EUA classificou Arouri como um terrorista global e colocou um valor de até US$ 5 milhões para quem fornecer informações sobre ele. A CNN perguntou ao governo dos EUA se a recompensa será paga e para quem.
Saleh Mohammed Suleiman al-Arouri era casado e tinha duas filhas.
