O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (12) que assinará uma Medida Provisória (MP) criando uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas brasileiras afetadas pelo aumento de tarifas de importação determinado pelo presidente norte-americano Donald Trump. O pacote será detalhado oficialmente nesta quarta-feira (13) pelo governo federal.
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A iniciativa abrange um conjunto de medidas emergenciais para reduzir as perdas de exportadores e assegurar empregos nos setores mais impactados. Além do crédito, o plano contempla o adiamento de tributos – prorrogando os prazos de pagamento de impostos – e a reestruturação do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), que ampara riscos em operações de crédito para vendas no exterior.
De acordo com Lula, o montante inicial pode ser aumentado com base na avaliação do impacto econômico. “R$ 30 bilhões é o começo. Vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas e buscar abrir novos mercados para seus produtos”, declarou o presidente em entrevista à rádio BandNews.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a reforma do FGE será de caráter fundamental e possibilitará que empresas de diversos tamanhos obtenham ferramentas avançadas de apoio às exportações. Ele ressaltou que uma parcela das exportações brasileiras precisará ser direcionada a outros países em razão do aumento de tarifas impostas pelos Estados Unidos.
O pacote também contemplará requisitos de manutenção de empregos para as empresas beneficiadas, com flexibilizações para situações de forte impacto financeiro, que poderão envolver outras contrapartidas.
Ademais do apoio financeiro, Lula afirmou que mobilizará chefes de Estado de outros países para criar novos mercados e estimulará empresas a questionarem tarifas junto à Justiça dos Estados Unidos. Nos últimos dias, o presidente dialogou com líderes do Brics, incluindo Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia) e Narendra Modi (Índia).
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A medida de Trump, divulgada em julho, afeta primariamente produtos industrializados e mercadorias brasileiras. O Palácio do Planalto também avalia aplicar retaliações seletivas e negociadas com empresas produtoras, visando minimizar efeitos prejudiciais à economia nacional.
Fonte por: Jovem Pan