Rafael Miguel se torna um caso real na HBO Max

O diretor da série dialogou com a Jovem Pan e revelou os detalhes da produção, que chega ao streaming nesta quinta-feira (31).

30/07/2025 17h16

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(Imagem de reprodução da internet).

A HBO Max investe em sua nova produção de crimes reais e abordará a história impactante de Rafael Miguel. Rafael, famoso por seu papel em “Chiquititas”, foi morto, juntamente com seus pais, pelo pai da namorada, Isabela Tibcherani, Paulo Cupertino. O ocorrido ocorreu em 2019 e gerou grande repercussão no país, sendo acompanhado por todas as mídias brasileiras, que cobriram o caso desde a tragédia até a captura de Cupertino, que permaneceu foragido por alguns dias.

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Em entrevista à Jovem Pan, Adriana Cechetti, diretora de produção sênior para conteúdos de não-ficção da Warner Bros. Discovery, detalhou o processo de seleção deste caso específico.

Nossa atenção se concentra no gênero true crime e possuímos diversos casos de sucesso, como o caso de “Pacto Brutal”. Nesse caso específico, o fator determinante foi a relevância do caso, visto que quanto mais famoso, mais conhecido e relevante é, pois a audiência se conecta ao já conhecer a história. Contudo, não praticamos jornalismo, utilizamos outro olhar. Os acessos gerados por Isabella, que pôde contar sua própria história, foram muito relevantes. Além disso, buscamos discutir o que poderia ser levantado a partir disso. Não abordamos o crime em si, mas sim os debates que ele suscita na sociedade, com foco especial na violência contra a mulher, promovendo discussões importantes.

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Fernando Dias, produtor da Grifa Filmes, também revelou como foi o começo da produção. “Os acessos nesse tipo de projeto são fundamentais. A gente começou pela Polícia Civil, que ajudou muito no projeto, principalmente a Dra. Ivalda. Tinha também a questão da investigação pelo assassino, que trazia algo diferente de outros true crimes, porque teve a fuga dele e toda a inteligência da polícia indo atrás. Quando iniciamos, não tínhamos o julgamento, ainda não tinha sido marcado, mas fizemos uma construção com a Isabela, para ter o olhar dela, que é uma vítima muito forte e com impacto de todos os lados. Claro que as vítimas são as pessoas que perderam a vida, mas ela também sofria uma violência no dia a dia”.

O diretor da produção, Maurício Dias, detalhou como foi a abordagem com Isabela e os cuidados na construção da narrativa. “Quando conheci a Isa, comecei a entender o dia a dia dela. Surgiu a ideia de como retratar essa rotina. Qualquer série precisa ter um objetivo adicional, ela vivia em uma família violenta, misógina, tóxica. Quando ela era criança, era uma menina insegura, e fomos conquistando a confiança dela com um relacionamento próximo. Com o tempo, percebemos que essa tragédia era uma história de amor, uma versão de Romeu e Julieta, mas, infelizmente, o Rafa se envolveu em uma família tóxica e a história se agrava nessa tragédia. O romance deles era emocionante, eles superaram todas as provações que surgiram.”

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Com três episódios, a série apresenta de forma exclusiva o relato de Isabela sobre o momento do crime e aprofunda a história de amor do jovem casal. O documentário mostra em detalhes a investigação e os bastidores dos dois julgamentos, além de retratar o cotidiano de Isabela ao lado de Cupertino, descrito como um homem violento e controlador, com padrões abusivos que permeavam a relação familiar. A série apresenta entrevistas inéditas e acesso exclusivo aos bastidores da investigação e dos dois julgamentos do caso. A série estreia dia 31 de julho na HBO Max.

Fonte por: Jovem Pan

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