Molson Coors Anuncia Corte de Vagas nas Américas
A Molson Coors Beverage Company, responsável por marcas como Blue Moon e Staropramen, revelou que irá eliminar cerca de 400 postos de trabalho em sua divisão das Américas até o final do ano. Essas demissões correspondem a 9% do total de funcionários na região.
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Essa decisão marca uma das primeiras ações do novo CEO Rahul Goyal, que assumiu o cargo em 1º de outubro, sucedendo Gavin Hattersley. A redução da força de trabalho ocorre em um contexto de queda nas vendas de cerveja e mudanças no comportamento do consumidor, conforme informações do site MarketWatch.
Desafios para o Novo CEO
Analistas da TD Cowen, liderados por Robert Moskow, afirmam que Goyal precisará ir além dos cortes de custos para reverter a queda nas operações nas Américas, especialmente nos Estados Unidos, onde as marcas Coors Light e Miller Lite estão perdendo espaço.
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Os cortes incluem tanto cargos vagos quanto demissões voluntárias. A empresa estima que o processo custará entre US$ 35 milhões e US$ 50 milhões em indenizações e benefícios, um valor inferior aos US$ 150 milhões economizados na reestruturação de 2019. Atualmente, a Molson Coors conta com cerca de 16,8 mil funcionários globalmente, sendo 10,3 mil na unidade das Américas.
Mudanças no Consumo de Cerveja
O novo CEO assume em um momento em que a indústria de bebidas enfrenta transformações no perfil dos consumidores. O interesse por álcool tem diminuído entre jovens adultos, influenciado por preocupações com a saúde e o uso de medicamentos para emagrecimento.
Além disso, o mercado atual oferece mais opções, como coquetéis prontos, vinhos em lata e cervejas sem álcool. Segundo Moskow, a empresa perdeu 23% em volume de vendas desde 2019 e deve enfrentar uma queda de 10% em 2025.
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Expectativas para o Futuro
Para Moskow, Goyal precisará apresentar um plano sólido de recuperação à Wall Street, focando em inovação e expansão em segmentos de crescimento mais rápido, como bebidas não alcoólicas e produtos premium. As ações da Molson Coors fecharam o pregão de terça-feira, 21, com leve alta de 0,1%, mas ainda acumulam uma queda de 18,6% no ano, segundo dados da FactSet.
Apesar do cenário desafiador, alguns analistas acreditam que a diminuição no consumo de cerveja pode ser temporária. Em agosto, o ex-CEO Gavin Hattersley comentou que o interesse do público pela cerveja permanece estável, embora as ocasiões de consumo tenham diminuído.