Um vídeo que lembra cena de filme de ação se tornou viral nas redes sociais brasileiras neste fim de semana: um automóvel voa após subir em alta velocidade uma duna em Canoa Quebrada, no litoral do Ceará. As imagens chamaram a atenção pela potência e desempenho do veículo, especificamente uma Ford Ranger Raptor, uma picareta com grande potência e preparação off-road intensa.
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O incidente ocorreu no sábado (17) e, além de atrair a atenção de curiosos online, também foi notado pelas autoridades. O veículo utilitário avançou alguns metros sobre um buggy, o que poderia ter causado uma acidente.
A Polícia Civil investiga o ocorrido, porém o resultado não é positivo para o proprietário: a picapetive certamente sofreu “perda total”, com todos os airbags ativados e o veículo gravemente danificado. Uma Ranger Raptor nova custa a partir de R$ 490 mil.
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Para alcançar tal feito, é preciso um veículo altamente preparado, como a Ranger Raptor. Desenvolvida pela divisão Ford Performance, o carro possui características técnicas de veículos de competição off-road, notadamente aqueles utilizados em provas em terrenos áridos e acidentados.
O chassi da Ranger Raptor é exclusivo, reforçado com longarinas e pontos estruturais otimizados para suportar esforços intensos e impactos severos. A carroceria é mais alta, mais larga e possui bitolas ampliadas, o que favorece a estabilidade em terrenos irregulares.
A Ranger Raptor excede a Ranger padrão em 10 mm na extensão (5,360 mm), 193 mm na largura (2.208 mm) e 40 mm na altura (1.926 mm), mantendo os 3.270 mm de distância entre eixos. As rodas de 17 polegadas, equipadas com pneus de perfil alto 285/70 R17 AT, contribuem para a configuração projetada para uso intenso.
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O modelo utiliza um motor 3.0 V6 biturbo GTDI, que fornece 397 cv de potência a 5.650 rpm e um torque de 59,45 kgfm a 3.500 rpm. O bloco é fabricado em ferro-grafite e os cabeçotes são de alumínio, com sistema de controle eletrônico dos turbos, projetado para minimizar o atraso na resposta (turbo lag) em acelerações e retomadas. A transmissão automática de dez marchas é um componente desenvolvido sob medida para a Ford Raptor, com calibração focada no torque em baixas faixas.
A picape monstro apresenta suspensão independente com estrutura Double Wishbone nos braços dianteiros e sistema Watts Link na traseira, ambos com amortecedores de competição Fox Live Valve Shocks 2,5. Esses componentes operam de maneira ativa, ajustando a rigidez de forma individual para cada roda, através de leituras de terreno realizadas 500 vezes por segundo.
A Raptor apresenta diferenciais de bloqueio dianteiro e traseiro, ativados por botão físico ou pela central multimídia. O modelo oferece bons ângulos de ataque (32°), saída (27°) e transposição de rampa (24°), além de vão livre de 272 mm e capacidade de submersão de até 850 mm.
O interior da picape apresenta bancos revestidos em couro e suede, com laterais de apoio reforçadas e estrutura que absorve impactos em terrenos acidentados. Possui painel digital de 12,4 polegadas e a central multimídia SYNC 4 com recursos de navegação off-road. Inclui ainda iluminação Matrix LED, piloto automático adaptativo, assistentes de permanência em faixa, de frenagem automática e de manobras evasivas, além de monitoramento de ponto cego e câmeras com visão 360°.
A Ford submeteu a picape a testes estruturais e de motorização que totalizaram 39.500 km em ambientes controlados e mais de 50.000 km em avaliações de durabilidade no Brasil. Esse processo compreendeu simulações de condução em alta velocidade por trechos acidentados e travessias aquáticas. Contudo, os engenheiros não anteciparam que um proprietário pudesse realizar uma manobra tão agressiva como a documentada no Ceará!
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Fonte: CNN Brasil