Rastreamento do câncer: proteção efetiva ou prescrição excessiva de exames?

Não todas as investigações são vantajosas; compreenda quando o rastreamento do câncer é apropriado e por que aderir a protocolos pode evitar riscos desn…

24/07/2025 16h47

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(Imagem de reprodução da internet).

Não todas as doenças podem ou devem ser rastreadas. No caso do câncer, o rastreamento é uma estratégia eficaz somente quando há evidências sólidas de que detectar precocemente a doença ou suas lesões precursoras reduz a mortalidade e melhora a qualidade de vida. Assim, não se trata de “exames preventivos” genéricos, mas de ações específicas direcionadas a grupos definidos de risco, com base em idade, sexo e histórico clínico.

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O que é rastreamento e como ele se aplica ao câncer?

O rastreamento consiste na execução sistemática de exames em indivíduos assintomáticos, com o propósito de detectar lesões precoces ou tumores em estágios iniciais, em doenças onde isso afeta diretamente a sobrevida. Essa abordagem só é válida quando:

Assim, não todos os cânceres são rastreáveis, e os programas populacionais se limitam a tipos específicos em que essas condições são atendidas.

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Detecção de câncer com acompanhamento por imagem comprovada.

Entre os tumores em que o rastreamento com exames de imagem é recomendado em contextos clínicos ou populacionais, destacam-se:

A realização de exames sem uma avaliação clínica abrangente pode levar a resultados imprecisos e, consequentemente, a diagnósticos equivocados.

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É frequente que pacientes solicitem exames de imagem como uma espécie de avaliação preventiva, porém isso pode gerar mais riscos do que vantagens. Quando um exame é realizado além das recomendações:

Rastreamento baseado em evidências: quando vale a pena

A prática médica contemporânea fundamenta-se em protocolos bem definidos, derivados de investigações em larga escala. Estes estabelecem as indicações para o rastreamento, a periodicidade e o exame a ser utilizado. São desenvolvidos para otimizar os ganhos e reduzir as ameaças, considerando a relação custo-benefício, o efeito clínico e a segurança do paciente.

Assim, o acompanhamento deve ser sempre personalizado e conduzido por profissionais de saúde, principalmente em casos com histórico familiar ou fatores de risco complementares.

Felipe Roth Vargas (CRM 155352 SP | RQE 94668) é Radiologista e integrante da Brazil Health.

Fonte por: Jovem Pan

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