Rebelo ironiza e afirma que a Marinha não cometeria um golpe “desde Tordesilhas”

Ex-ministro da Defesa comparece como testemunha em defesa de Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.

23/05/2025 18h31

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(Imagem de reprodução da internet).

Aldo Rebelo, ex-ministro da Defesa, criticou uma questão relacionada à Marinha durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal, no contexto da investigação de uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

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Segundo Rebelo, a Marinha não conspiraria desde o Tratado de Tordesilhas, considerando que o país era uma região costeira muito próxima do litoral.

Rebelo afirmou que a Marinha é excessivamente restrita para qualquer questão de operação que está sendo discutida atualmente.

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Rebelo testemunha em defesa de Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. Em janeiro do ano anterior, declarou em entrevista que a tentativa de golpe era uma “fantasia” propagada por petistas para sustentar a polarização política.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ainda no depoimento, ameaçou prender Rebelo.

Rebelo foi questionado sobre uma reunião em que Garnier teria disponibilizado as tropas para o ex-presidente Jair Bolsonaro após a derrota nas eleições de 2022.

É preciso considerar que, no idioma português, reconhecemos o que é força da expressão. Ela nunca pode ser lida literalmente. Quando alguém diz: estou à disposição, isso não pode ser interpretado literalmente, respondeu o ex-ministro.

Moraes, demonstrando insatisfação com a resposta, questionou se Aldo esteve presente na reunião onde a declaração de Garnier foi feita. Aldo confirmou sua ausência.

Assim, o senhor não tem condições de avaliar o conteúdo da língua portuguesa naquele caso. Limite-se aos fatos, afirmou o ministro do STF, que também é o relator do caso na Primeira Turma.

A minha apreciação da língua portuguesa é minha. Não vou admitir censura.

O ministro Moraes ameaçou prendê-lo por desacato.

“Se não se comportar, irei prendê-lo por desacato. Responda ao meu questionamento. Sim, ou não?”, afirmou.

O ex-ministro, contudo, afirmou que não poderia responder com “sim” ou “não”.

Fonte: CNN Brasil

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