Uma audiência pública sobre Fenômenos Anômalos Não Identificados (UAPs), que ocorreu na Câmara dos Deputados do México há duas semanas, chamou a atenção mundial pela apresentação de supostos dois alienígenas mumificados. O jornalista e ufólogo Jaime Maussan apresentou as criaturas.
Ele afirmou que os cadáveres foram recuperados no ano de 2017 em uma mina situada na cidade de Cusco, no Peru, com uma idade estimada de mais de mil anos.
Maussan garante que o DNA das múmias de cabeças alongadas, mãos e pés com três dedos, não pertence a seres humanos, com 30% da composição totalmente desconhecida. “São seres não-humanos, que não fazem parte da nossa evolução terrestre”, afirmou, dizendo que as análises foram realizadas na universidade nacional autônoma do México (UNAM).
O Instituto de Física da UNAM confirmou a efetivação do exame, todavia, ressalta-se que a solicitação do estudo foi particular, sem a avaliação do DNA, sendo somente uma investigação de datação de carbono que indicou a idade dos corpos, porém não sua procedência. Ademais, a UNAM assevera que não tem responsabilidade sobre qualquer emprego, interpretação ou deturpação dos resultados alcançados.
Cachorros e ossos de crianças
não demorou para que casos semelhantes anteriores envolvendo o ufólogo viessem à tona – todos desmentidos. Ao longo de mais de 50 anos de carreira, Maussan teria protagonizado dezenas de outras fraudes que envolvem extraterrestres e outras manifestações sobrenaturais, de acordo com o site Space.com.
Por exemplo, em 2017, foi alegado que cinco múmias extraterrestres tinham sido encontradas em Nazca, no Peru, mas acabou por se descobrir que eram falsas. O exame de raio-x revelou que aquelas eram efetivamente corpos falsificados, montados com ossos de crianças humanas e de cachorros.
Um vídeo de 2021 resgatado pela web e compartilhado no Reddit – plataforma digital classificada como “agregador social de notícias” – mostra a verdade por trás dos alienígenas mumificados apresentados por Maussan ao parlamento mexicano.
De acordo com o site Indy100, pertencente ao grupo britânico The Independent, o vídeo é do programa de TV francês 66 Minutes e mostra uma análise de raio-X de uma “múmia” chamada Josephine, semelhante às que foram apresentadas no México.
O conteúdo enfatiza que diversos ossos dos dedos do ser estão dispostos para lados diversos em cada mão. “Ainda mais desconcertantes são suas pernas”, esclarece a narração no vídeo. “Um osso da coxa é, na realidade, um fêmur – apenas que colocado no lado oposto – enquanto o diferente é uma tíbia, e eles são totalmente incompatíveis com o osso do quadril. Não existe articulação nenhuma”.