Rede D’Or retira metas de expansão de leitos; medida é tomada

A revisão diminuiu em mais de 800 a quantidade de leitos no período de 2025 a 2028, com um custo médio por unidade de R$ 1,4 milhão.

03/06/2025 20h05

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(Imagem de reprodução da internet).

A Rede D’Or revisou seu plano de crescimento orgânico para o período de 2025 a 2028, com previsão de disponibilizar 3.203 leitos hospitalares, em linha com o mais recente formulário de referência do grupo, que é inferior aos 4.036 estimados anteriormente.

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A Rede D’Or informou, no fim de semana, que está desenvolvendo mais de 30 projetos inéditos (greenfield) e de expansão (brownfield), em diversas fases de desenvolvimento e licenciamento.

A empresa informou que os novos leitos apresentariam custo médio de cerca de R$1,4 milhão por unidade, com aproximadamente 80% deles sendo “brownfields”. No relatório de 2024, o custo médio era de R$1,5 milhão e os projetos “brownfields” representavam 70% de um plano com mais de 40 projetos.

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A projeção para este ano é de abertura de 491 leitos, em oposição aos 898 previstos no relatório de referência de 2024. Para o próximo ano, são 868 leitos, de 1.117 leitos anteriormente. Para 2027, projeta 893 leitos, de 771 leitos estimados antes, e para 2028, prevê 951 novos leitos, de 1.250 leitos do plano de 2024.

De acordo com analistas do Citi, embora se esperasse uma redução no plano inicial, a decisão da Rede D’Or não é um bom sinal para a confiança nos fundamentos de crescimento de longo prazo da empresa.

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A Rede D’Or disponibilizou 411 leitos em 2021, 560 leitos em 2022, 250 leitos em 2023 e 1.317 em 2024, de acordo com o relatório de referência mais recente. No relatório do ano passado, a projeção era de concluir 1.348 leitos ao longo de 2024.

Por volta das 14h50, os indicadores do grupo de saúde apresentavam queda de 3,1%, a R$36,28, com o pior desempenho do Ibovespa, que registrava alta de 0,36%.

Para os analistas do Bradesco BBI, a diminuição no plano de expansão é amplamente negativa para a Rede D’Or, especialmente considerando o crescimento acima do mercado de planos de saúde na América do Sul e um ambiente competitivo mais favorável para os hospitais do grupo, devido à sua exposição restrita a operadoras em dificuldades financeiras.

Ademais, o enfâse nos projetos brownfield – que costumam ser mais rentáveis e não demandam credenciamento de pagadores – também representou um mau sinal, indicando perspectivas de crescimento mais modestas nos mercados já estabelecidos, conforme destacado em relatório aos clientes.

Ainda assim, os analistas apontaram que a projeção revisada de 3.2 mil leitos representa um acréscimo de 25% na capacidade.

Analistas do JPMorgan destacaram que a maior parte dos investimentos se concentra em projetos já em andamento.

A equipe do JPMorgan considerou que a revisão da expansão não acarreta impactos significativos nas expectativas de curto prazo e possui efeito restrito sobre a capacidade geral de leitos, ao mesmo tempo em que fortalece a disciplina de capital da empresa.

Os analistas do banco norte-americano também apontaram que o plano não inclui novos projetos potenciais na joint venture com a Atlântica Hospitais – uma subsidiária da Bradesco Saúde.

No mesmo relatório, o JPMorgan revisou projeções para a Rede D’Or, definindo um preço-alvo para dezembro de 2026 de R$42 por ação, e R$36 para o final de 2025. “Mantemos a recomendação ‘overweight’ para a Rede D’Or, considerando a empresa como uma das melhores opções para atuar no setor de saúde.”

A ANS propõe regulamentar planos de saúde de até R$ 100.

Fonte por: CNN Brasil

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