Redução de tarifas de Depósitos Interbancários observada em data de reajustes, após ocorrências de incertezas e de diminuição dos ganhos
A população persistiu em acreditar em alegações e atribuiu mérito à medida, mesmo após Haddad negar a existência de estudos que justificassem o reajuste do Bolsa Família.

Após os ruídos que impulsionaram as taxas na véspera, a curva de juros brasileira passou por ajustes de baixa nesta sexta-feira (16), principalmente nos contratos entre 2027 e 2029, em uma sessão marcada ainda pela leve queda dos rendimentos dos Treasuries no exterior.
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À tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 – um dos mais líquidos no curto prazo – situava-se em 14,745%, em comparação com o ajuste de 14,813% da sessão anterior.
A taxa para janeiro de 2027 situava-se em 14,01%, com uma redução de 18 pontos-base em relação ao ajuste de 14,188%.
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A taxa para janeiro de 2031 era de 13,76%, com redução de 8 pontos-base em relação a 13,843% no ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2033 era de 13,8%, em comparação com 13,852%.
Na quinta-feira (15), rumores de que o governo estaria preparando um pacote de gastos para impulsionar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, ano de eleições, com medidas que poderiam incluir um possível ajuste do Bolsa Família no próximo ano, fortaleceram as taxas das DIs.
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A avaliação era de que as ações causariam impacto negativo no equilíbrio fiscal do país.
Apesar do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negar que existam estudos para o reajuste do Bolsa Família e afirmar que sua área trabalha apenas em medidas fiscais pontuais “para o cumprimento da meta fiscal”, os agentes seguiram os sinais e interpretaram a trajetória.
Contudo, nesta sexta-feira, com o noticiário relativamente esvaziado, as taxas das DIs de janeiro de 2027 a janeiro de 2028 se estabilizaram em baixa já no período da manhã, em meio a ajustes ao movimento da véspera.
Essa porção da curva foi o mais impactada na véspera devido aos ruídos, correspondendo também ao intervalo onde investidores têm calibrado apostas, nas últimas semanas, para o início do ciclo de cortes de juros no Brasil — o passo seguinte ao fim do atual ciclo de elevações.
A queda nas taxas dos títulos DI também foi influenciada pelo retrocesso dos rendimentos dos Treasuries no exterior, após a divulgação de dados fracos do setor de construção residencial nos Estados Unidos.
Com a liquidez já reduzida próximo do fechamento, as taxas renovaram alguns mínimos no Brasil.
Às 16h03, a taxa do DI para janeiro de 2027 registrou 14%, o menor valor da sessão e uma queda de 19 pontos-base em relação à decisão anterior.
A projeção para o próximo mês apontava para 60% de chance de a taxa Selic ser mantida em 14,75%, enquanto a probabilidade de aumento de 25 pontos-base era de 40%.
No mercado de opções do Copom na B3, a projeção para quinta-feira – atualização mais recente – indicava 55,00% de chance de manutenção da taxa Selic, 38,00% de probabilidade de aumento de 25 pontos-base e 6,00% de possibilidade de elevação de 50 pontos-base.
Às 16h38, o rendimento do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — caía 2 pontos-base, a 4,436%.
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Fonte: CNN Brasil