Reino Unido prossegue na classificação do grupo “Ação Palestina” como terrorista

Aprovada, ainda sujeita a votação final, a medida surge após ativistas do grupo invadirem uma base militar e danificarem dois aviões em manifestação.

02/07/2025 16h29

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(Imagem de reprodução da internet).

O Parlamento britânico votou na quarta-feira (2) para designar o grupo ativista Palestine Action como organização terrorista.

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A proposta, que ainda necessita de aprovação final, surge após ativistas do grupo invadirem uma base militar e danificarem dois aviões em protesto contra o que alegam ser o apoio do Reino Unido a Israel.

A Ação Palestina, que se define como um movimento de ação direta com métodos disruptivos, visa regularmente empresas no Reino Unido que possuem ligações com Israel, incluindo a empresa de defesa israelense Elbit Systems, considerada seu “alvo principal”.

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O governo trabalhista britânico acusou o grupo de provocar prejuízos de milhões de libras por meio de ações em uma fábrica da Thales em 2022, em uma unidade da Elbit no ano passado e na base da Força Aérea Real no sul da Inglaterra no mês passado – o que levou à decisão de proibir ou banir o grupo.

A proibição designaria oficialmente a Ação Palestina como uma organização terrorista, equiparada ao Estado Islâmico ou à Al Qaeda, sob a lei britânica, criminalizando o apoio ou a filiação a esses grupos.

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A votação sobre o banimento da Ação Palestina será realizada na Câmara dos Lordes, a câmara alta do Parlamento, na quinta-feira (3). Caso seja aprovada pelos parlamentares britânicos, a proibição entrará em vigor nos próximos dias.

O grupo contestou a decisão, considerando-a injustificada e um abuso de poder, e uma audiência emergencial está prevista para sexta-feira (4).

Especialistas da ONU, designados pelo Conselho de Direitos Humanos, solicitaram que o Reino Unido revise sua decisão, sustentando que atos de dano a propriedades sem a intenção de colocar vidas em risco não devem ser classificados como terrorismo.

A secretária do Interior, Yvette Cooper, ministra do Interior britânica, afirma que violência e danos criminais não têm lugar em protestos legítimos e que uma abordagem de tolerância zero é necessária para a segurança nacional.

Na terça-feira, o grupo afirmou que seus ativistas obstruíram o acesso a uma instalação da Elbit em Bristol, sudoeste da Inglaterra, e que outros membros invadiram o telhado de uma empresa terceirizada em Suffolk, leste da Inglaterra, que, segundo eles, possuía vínculos com a Elbit.

Israel negou consistentemente ter cometido abusos em sua campanha em Gaza, que teve início após o ataque do grupo palestino Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.

Ademais da Organização Palestina, a determinação de proibir compreende também o grupo neonazista Maniacs Murder Cult e o Movimento Imperial Russo, um movimento supremacista branco que visa estabelecer um novo império russo.

A votação dos três grupos foi unificada, o que implica que todos devem ser expulsos ou que nenhum deles será.

Fonte por: CNN Brasil

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