Relatório pericial afirma que “projetos” de Torres e Cid não coincidem

Análise da defesa do ex-ministro, com parecer de Moraes, diverge daquela apresentada em reunião por Bolsonaro.

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(Imagem de reprodução da internet).

Um relatório técnico apresentado nesta segunda-feira (23.jun.2025) pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres ao STF (Supremo Tribunal Federal) indica que a “minuta do golpe” – um texto de um possível decreto para implantar estado de sítio ou de defesa, que teria de ser aprovado pelo Congresso – foi apreendida com Torres é diferente da atribuída ao tenente-coronel Mauro Cid.

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A perícia foi apresentada pela defesa com base em decisão autorizada pelo ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, em 17 de junho de 2025. Consulte a íntegra do documento (PDF – 307 kB).

O documento apreendido na residência de Torres em 2023 se distingue do documento que supostamente foi exibido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos ex-comandantes das Forças Armadas.

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O documento de três páginas, elaborado por Mauro Cid, aborda temas como Estado de Sítio, GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e a detenção de autoridades.

A versão apresentada com Torres não contempla esses aspectos e é uma cópia básica, sem assinatura ou metadados. O texto é compatível com um arquivo publicado no site jurídico Conjur e registrado em cartório.

Realizou-se uma perícia audiovisual a partir de uma live de 2021, na qual Torres analisou trechos de um relatório da Polícia Federal. O documento apresentado pela defesa do ex-ministro negou que ele tenha lido determinadas partes das minutas.

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As conclusões da análise corroboram a versão da defesa de Anderson Torres. Ele nega envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022.

Na internet existem diversos arquivos denominados “minuta do golpe”. Não se consegue determinar sua origem ou identificar com exatidão seus criadores.

São textos que propõem estado de sítio ou de defesa, a depender do documento analisado. Todos necessitariam, para entrar em vigor, de uma anuência dos comandantes militares das Forças Armadas (o que não ocorreu) e também serem aprovados pelo Congresso (o que nunca foi tentado). A aparência dos textos é que são versões rudimentares e distante de ter um formato final para implementação.

O Poder360 detectou estes 3 arquivos em sites da internet:

Fonte por: Poder 360

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