A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) comunicou, na terça-feira (3), sua saída do Brasil, após ter sido condenada a dez anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos em 2023.

Os ministros também julgaram culpados o hacker Walter Delgatti e o condenaram a oito anos de prisão pelo mesmo motivo. Ambos estão sendo responsabilizados pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

Zambelli e Delgatti ainda deveriam pagar em conjunto uma indenização no valor de R$ 2 milhões.

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Ademais, o STF também determinou a perda do mandato da deputada, a ser executada após o trânsito em julgado da ação, quando não houver mais possibilidade de recurso.

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou uma investigação sobre o caso da Polícia Federal (PF) em fevereiro deste ano.

A Procuradoria-Geral da República afirma que os atos de Zambelli e Delgatti configuraram “ameaça à segurança do Poder Judiciário”.

Os advogados da deputada propuseram apresentar recursos interpostos por meio de embargos de declaração em face da decisão.

Não foram disponibilizadas todas as provas produzidas em favor da embargante e conceder acesso à íntegra dessas provas, consubstanciadas em 700 GB de arquivo, afirmaram.

A defesa também contestou a indenização: “Não há critérios objetivos que possam quantificar e precisar, ainda que grosseiramente, o prejuízo sofrido pela administração da justiça, de modo que a fixação de indenização em patamar milionário decorre de discricionariedade do julgador sem amparo em critérios objetivos”.

após a decisão dos ministros, Zambelli utilizou as redes sociais para solicitar doações via Pix aos eleitores, visando cobrir as multas judiciais. Algumas horas depois da publicação, a parlamentar divulgou que já havia arrecadado aproximadamente R$ 166 mil.

Zambelli escreveu em seu perfil nas redes sociais: “Hoje, venho aqui com o coração apertado, mas com coragem para enfrentar multas milionárias, mesmo sem ter cometido crime, por lutar pelas liberdades que acredito. Antes mesmo do fim do processo, a Justiça já pode exigir esse pagamento e eu não tenho como arcar sozinha.”

Além do caso de hacker, Zambelli também foi condenada pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

Em agosto de 2023, o Supremo Tribunal Federal julgou a deputada federal por ter perseguido, com arma em punho, um homem que ela considerava apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Sob a supervisão de Fernanda Tavares.

Fonte por: CNN Brasil