Renda nacional diminui pela primeira vez em dois anos
O produto interno bruto gerado por trabalhadores no país caiu de R$ 345,2 bilhões no terceiro trimestre de 2024 para R$ 345 bilhões no primeiro trimestre de 2025.

A produção real de rendimento, em média, caiu de R$ 345,2 bilhões no quarto trimestre de 2024 para R$ 345,0 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O indicador, que corresponde à soma de toda a receita bruta das pessoas empregadas, apresentou a primeira redução em dois anos, conforme divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A íntegra do relatório (PDF – 3 MB) está disponível.
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A receita diminuiu 0,05% no primeiro trimestre em comparação com o trimestre anterior. Essa queda encerrou uma série de 7 trimestres consecutivos de crescimento. A renda somou R$ 303,7 bilhões no primeiro trimestre de 2023 e R$ 345,2 bilhões no quarto trimestre de 2024, representando um aumento de 13,7% em dois anos, ou R$ 41,6 bilhões a mais nesse período.
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A massa de rendimento é o termo utilizado para definir a totalidade dos ganhos da população, incluindo salários e outras fontes de renda.
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Em comparação com o primeiro trimestre de 2024, o volume aumentou 6,56%. Foi a menor alta desde 2022, porém a taxa foi quase igual à do ano passado.
A pequena queda de 0,05% em relação ao quarto trimestre de 2024 pode indicar o começo de um enfraquecimento econômico. O BC (Banco Central) afirmou que a desaceleração é “elemento necessário” para atingir a meta de inflação. O Copom (Comitê de Política Monetária) declarou que o desempenho positivo do mercado de trabalho contribui para o aumento da renda e impulsiona o consumo.
O comitê afirmou que existem avanços concretos além da produtividade. O banco central declarou que a “inflação” no mercado de trabalho faz parte do mecanismo de política monetária.
O Banco Central indicou que o enfraquecimento do mercado de trabalho representa um avanço para uma possível redução da taxa Selic. As previsões dos profissionais do setor financeiro apontam que a taxa básica de juros deverá diminuir somente em 2026.
Os dados do indicador mostram um enfraquecimento inicial, o que confirma a declaração do presidente do BC, Gabriel Galípolo, de que a taxa Selic permanecerá alta por um período consideravelmente longo.
Estados e DF
O Estado de São Paulo registrou uma redução de R$ 104 bilhões para R$ 101 bilhões na renda bruta da população ocupada. De acordo com o IBGE, houve queda no volume em 8 das 27 unidades da federação. O Rio de Janeiro apresentou a maior alta, com um aumento de R$ 1,9 bilhão.
O indicador representa a soma dos rendimentos líquidos provenientes das pessoas empregadas em todas as atividades, com base nos preços do primeiro trimestre de 2025. O defletor empregado no cálculo é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Fonte: Poder 360