Alerta de Segurança: Crescimento do Controle Criminoso no Rio de Janeiro
Um novo levantamento da Datafolha aponta para uma situação preocupante na região metropolitana do Rio de Janeiro. Estima-se que cerca de quatro milhões de pessoas estejam sob o controle de organizações criminosas e milícias, o que representa aproximadamente 25% da população total do estado, que é de 16 milhões de habitantes.
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Essa concentração de poder se intensifica quando a análise é feita apenas nos 22 municípios da região metropolitana, onde o impacto é de cerca de 40% da população local.
Medo e Dinâmica do Crime
Os dados revelam que, segundo o levantamento, quase metade da população fluminense (46%) expressa maior temor em relação aos traficantes, superando o medo associado às milícias (18%) e à polícia (6%). Essa dinâmica sugere uma mudança na percepção do risco e na influência das diferentes organizações criminosas na região.
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Reorganização do Crime Organizado
Analistas apontam que o crime organizado no estado está passando por uma fase de reorganização. Enquanto o Comando Vermelho e outras facções expandem seu território, as milícias têm apresentado um recuo. Paralelamente, a facção Terceiro Comando Puro (TCP) tem ganhado força, adotando uma estratégia mais discreta e menos ostensiva, em contraste com o estilo mais confrontacional do Comando Vermelho.
Impacto de Restrições Policiais
Autoridades de segurança indicam que as restrições impostas às operações policiais em comunidades durante a pandemia, formalizadas pela ADPF das Favelas, podem ter contribuído para a expansão territorial dos grupos criminosos. Essa medida, que visava proteger a população, pode ter, inadvertidamente, facilitado a consolidação do poder das organizações criminosas.
Operações de Segurança e Desafios
Para combater o avanço do crime, as forças de segurança mantêm operações permanentes, como a “Contenção”, focada no Comando Vermelho; a “Torniquete”, que visa asfixiar financeiramente as organizações criminosas, já resultando em mais de 700 prisões; e a “Barricada Zero”, que trabalha para remover as quase 14 mil barricadas mapeadas no estado.
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A retomada efetiva dos territórios é vista como um grande desafio, exigindo uma ação coordenada entre os governos federal, estadual e municipal.