Robert Prevost será Leão 14, com o nome em homenagem a Leão 13

O novo papa foi eleito na 4ª votação do conclave; fumaça branca foi vista às 13h07 (horário de Brasília) desta quinta-feira.

08/05/2025 15h49

4 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito papa nesta 5ª feira (8.mai.2025), após 4 rodadas de votação, adotando o nome de Leão 14.

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A seleção do nome possui um significado histórico. Papas anteriores com essa denominação estiveram à frente da Igreja em fases cruciais.

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O Papa Leão XIII liderou a Igreja Católica no início da Reforma Protestante, no século XVI. Já o Papa Leão XIII publicou a encíclica Rerum Novarum em 1891. O documento tratou dos direitos e deveres de trabalhadores e empregadores diante das transformações causadas pela Revolução Industrial e representou o início da doutrina social da Igreja Católica.

Ao escolher Leão XIV, Prevost demonstra a intenção de equilibrar tradição e renovação, um eixo que pode nortear seu pontificado. O nome também evoca a espiritualidade agostiniana.

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Quem é Robert Prevo

Prevost nasceu em Chicago (Estados Unidos) em 14 de setembro de 1955. Sacerdote desde 1982 e bispo emérito de Chiclayo, no Peru, foi nomeado arcebispo pelo papa Francisco em 2023, tornando-se membro do Colégio dos Cardeais da Igreja Católica.

A seleção do nome papal pode ser uma referência ao papa Leão XIII, que governou a igreja de 1878 a 1903. Ele ficou conhecido como o “papa dos trabalhadores” e defendeu a distribuição de riqueza e a intervenção do Estado em favor dos mais pobres.

O Leão 14 é um líder agostiniano, que adota o estilo de vida cristão inspirado por Santo Agostinho. Essa ordem religiosa se baseia em seis valores essenciais: interioridade, verdade, liberdade, amizade, comunidade e justiça social.

Robert Prevost foi o 1º papa dos EUA, porém desenvolveu grande parte de sua carreira no Peru, onde atuou nas décadas de 1980 e 1990, e se naturalizou peruano. É poliglota e reconhecido como um clérigo com habilidades diplomáticas.

De acordo com o The New York Times, Prevost compartilha pontos de vista semelhantes aos do papa Francisco, e provavelmente manterá suas reformas em andamento. Conforme o papa argentino, Leão 14, está comprometido com os mais necessitados e com os direitos dos imigrantes.

Ademais, apresenta-se como mais discreto e menos liberal que seu predecessor. Já criticou o “estilo de vida homossexual” em discursos de 2012 e se opôs ao ensino escolar que “busca criar gêneros que não existem”.

Compreenda como ocorreu a eleição do novo Papa

Os 133 cardeais com direito a voto iniciaram na quarta-feira (7.mai.2025) o conclave, processo de escolha do 267º papa. Permaneceram isolados na capela Sistina, no Vaticano, durante toda a votação até alcançarem um consenso sobre o sucessor do papa Francisco, que faleceu em 21 de abril, aos 88 anos.

Para que um cardeal se tornasse papa, era exigido o voto da maioria dos cardeais. Não havia um número máximo de votos necessários.

Na quarta-feira (7 de maio), às 5h (horário de Brasília), foi celebrada a missa que precedeu a única votação do dia. Durante a homilia, o cardeal decano Giovanni Battista Re fez um apelo para que os cardeais recebessem inspiração divina e pudessem escolher um papa que a humanidade necessita.

Às 11h30, os cardeais se reuniram na capela Paulina, no complexo do Vaticano, para rezar a Ladainha de Todos os Santos. Em seguida, caminharam até a capela Sistina e fizeram um juramento de fidelidade ao processo de absoluto sigilo.

Após o juramento, ocorreu a tradicional ordem “Extra omnes”, que determina a saída de todos os não envolvidos no conclave. Em seguida, por volta das 12h45, a capela Sistina foi trancada pelo monsenhor Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, e iniciou-se a votação para a escolha do novo papa. A capela também ficou fechada para visitação.

O Vaticano divulgou o momento em que os cardeais recitaram a Ladainha de Todos os Santos e fizeram os juramentos. Em seguida, mostrou-se a fachada da capela Sistina e sua chaminé, da qual emergiu a fumaça que sinalizava o resultado de cada eleição.

Foram acondicionados aproximadamente 200 quartos em duas casas de hóspedes para os cardeais. Os aposentos incluem uma cama, uma mesa de cabeceira e um armário. Janelas com vista para áreas externas do palácio foram temporariamente fechadas para proteger os cardeais de influências externas durante o conclave.

A partir do segundo dia da cúpula, os cardeais votaram quatro vezes por dia: duas pela manhã e duas à tarde (no horário de Roma). Antes de cada sessão de votação, os cardeais precisavam repetir o juramento.

Após a apuração dos votos, todas as cédulas eram queimadas ao término de cada etapa. A cor da fumaça revelava o resultado: preto indicava ausência de definição, e branco significava a eleição de um novo papa.

O conclave não possui duração predefinida. Ele pode se estender por vários dias ou até semanas. Na eleição de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, os cardeais demoraram dois dias para alcançar um consenso. Os últimos cinco conclaves não ultrapassaram três dias de votação. A eleição mais longa durou dois anos e dez meses, em 1268.

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Fonte: Poder 360

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