“Romance intercala os personagens de Capitu, Drácula e Brás Cubas em uma narrativa de natureza fantástica.”

O romance “Quincas Borba e o Nosferatu”, de Edson Aran, combina os mundos de Machado de Assis e Bram Stoker em uma obra merecedora de Sherlock Holmes.

05/08/2025 15h21

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(Imagem de reprodução da internet).

Quincas Borba e seu assistente Brás Cubas investigam o surgimento do conde Drácula, buscando salvar a impulsiva Capitu. A situação parece absurda, mas resulta em uma excelente história. Afirmo isso após ler o mais recente lançamento de Edson Aran, “Quincas Borba e o Nosferatu”, romance publicado pela editora Faria e Silva, selo do Grupo Editorial Alta Books, que reimagina personagens de Machado de Assis no universo de Bram Stoker. O autor foi indicado ao Prêmio Jabuti com Histórias Jamais Contadas da Literatura Brasileira.

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Com elementos de realismo e horror, o livro de 317 páginas é narrado sob diversas perspectivas: através do olhar do falecido Brás Cubas; pela visão do investigador filosófico Quincas Borba; pelos olhos ciumentos de Bento Gonçalves, o Bentinho; e pela ótica de Sancha Escobar — além de matérias da época e cartas assinadas por Victor Frankenstein e Abraham Van Helsing.

Apesar de tantas visões distintas, a narrativa é linear e não confunde o leitor, tratado aqui pelo feminino (o que é bem raro).

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Ao longo das páginas, optei por uma estrutura que remete às obras de Sir Arthur Conan Doyle, acompanhando Sherlock Holmes e seu assistente, Dr. John Watson. Evidentemente, Aran seguiu a cartilha dos principais nomes do terror e da investigação policial para construir sua obra, e ainda faz referências a outros clássicos do gênero, como Auguste Dupin, detetive fictício criado por Edgar Allan Poe.

Quincas Borba e Nosferatu é uma ótima opção para apreciadores de suspense, terror e, naturalmente, vampiros! É uma leitura agradável, que demonstra o poder da literatura brasileira e como os personagens construídos aqui podem contribuir em qualquer contexto. Recomenda-se a leitura.

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Sobre o autor

Edson Aran, com 62 anos, é escritor, jornalista e roteirista brasileiro. Autor do best-seller Conspirações – Tudo o que não querem que você saiba e da sátira cyberpunk Delacroix escapa das chamas, liderou como jornalista as principais revistas masculinas do país, como Playboy e VIP. Desde 2013, dedica-se à escrita de roteiros para cinema e televisão.

Fonte por: Jovem Pan

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