A popularidade de Alimentos ultra processados (AUP) tem experimentado um aumento significativo. Incluem uma grande variedade de produtos, desde lanches embalados até refeições prontas, e têm encontrado espaço nas prateleiras dos supermercados.
Atrativos pela sua conveniência e preços acessíveis, alimentos como esses oferecem uma satisfação instantânea. No entanto, é importante notar que esses alimentos também são ricos em gorduras saturadas, açúcares, sal e aditivos. Embora sejam frequentemente discutidos os impactos negativos desses alimentos na saúde, como obesidade e doenças cardiovasculares, pouco se fala sobre seu impacto ambiental.
Ultra processados são o que quando se trata de alimentos?
Os alimentos ultra processados, ou AUP, são aqueles que consistem em combinações de ingredientes, em sua maioria de uso industrial, que passam por diversos processos industriais. Esses alimentos não contêm quantidades relevantes de alimentos inteiros ou naturais.
eles são produzidos utilizando métodos industriais, que envolvem processos como moldagem, modificação química e hidrogenação. o consumo de aup não é recente, sendo que produtos processados em escala industrial já eram comuns na europa nos séculos xviii e xix.
O consumo desses alimentos tem crescido ao longo dos anos, com números alarmantes de consumo no caminho e no eminência í britânicas, especialmente entre indivíduos masculinas, juvenis, pessoas de insignificante renda e com problemas de obesidade. A acessibilidade e a durabilidade desses produtos, aliadas ao seu alto teor de doçura, contribuem para essa tendência.
Efeito ambiental de comidas extremamente processadas.
Em um artigo publicado no The Conversation, a consultora agrônoma Laila Benkrima abordou esse assunto.
Ela salientou que os AUP passam por um processo de fabricação que consome muita energia e envolve longas cadeias de suprimentos, o que resulta em emissões significativas de gases de efeito estufa.
Os impactos ambientais mais significativos dos AUP derivam das etapas pós-produção, em particular na criação do produto final e na embalagem.
Devido ao desmatamento de florestas biodiversas, aditivos como o óleo de palma, que é amplamente utilizado na indústria de alimentos, possuem um severo impacto ambiental.
O xarope de milho rico em frutose, um componente frequentemente presente nos AUP, possui uma significativa pegada de carbono e é correlacionado a questões de saúde, como obesidade e diabetes.
O problema é ainda mais agravado pelo desperdício gerado pelas embalagens plásticas dos AUP, impactando na saúde do solo e na vida marinha.
Rumos para a alimentação sustentável são cada vez mais urgentes. É necessário repensarmos a forma como nos alimentamos, buscando alternativas que levem em consideração a saúde do nosso planeta. As medidas a serem adotadas são diversas e abrangem toda a cadeia alimentar.
Não Há Uma Resposta Simples Para O Problema, Como Ressalta O Artigo De Laila Benkrima, Mas Existem Alternativas Que Podem Ajudar A Reduzir A Pressão Sobre Os Recursos Naturais Disponíveis No Planeta. A Adoção De Práticas Agrícolas Sustentáveis Que Priorizem A Agricultura Regenerativa, A Redução De Resíduos E O Uso De Ingredientes Locais Pode Efetivamente Reduzir O Impacto De Carbono Dos AUP.
Além disso, ela sugere que as empresas devem adotar tecnologias eficientes no uso da água e apoiar iniciativas que restaurem habitats naturais, pois essas são etapas essenciais para a conservação da água e da biodiversidade. órgãos públicos e de saúde precisam pressionar os governos a adotarem novas políticas e implementarem medidas que protejam a saúde pública e o meio ambiente.
Na mitigação do impacto ambiental dos aditivos alimentares, avanços na tecnologia agrícola podem ter um papel fundamental. A eficiência dos recursos pode ser melhorada e o desperdício reduzido utilizando técnicas de agricultura de precisão, tomada de decisões sustentadas em dados e otimizações de cadeia de suprimentos acionadas pela IA.