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Rússia tenta apreender bens da Wargaming, desenvolvedora do World of Tanks

A tensão entre a Rússia e empresas ocidentais intensificou-se com a tentativa do governo russo de apreender ativos da Wargaming, estúdio responsável por World of Tanks. As autoridades russas alegam que a desenvolvedora e ex-diretores teriam envolvimento com atividades classificadas como “extremistas” por apoiarem a Ucrânia.

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A Procuradoria-Geral da Rússia protocolou uma ação para transferir as ações da Lesta Studio, antiga subsidiária da Wargaming no país, ao Estado. O alvo do processo inclui os empresários Viktor Kisly, cofundador da Wargaming, e Malik Khatazhaev, atual proprietário da Lesta.

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Acusações de extremismo e apoio à Ucrânia.

O procurador-geral da Rússia solicita a proibição das atividades da associação formada por Kisly e Khatazhaev e a transferência obrigatória das participações que ambos detêm. O documento afirma que os empresários promovem atividades extremistas.

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Foram apresentadas como base para a acusação documentos com títulos como:

As publicações servem como evidência de que a Wargaming agiu contra os interesses do governo russo no conflito com a Ucrânia.

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Wargaming nega participação e recorda desligamento da Rússia.

A Wargaming reiterou, em comunicado ao site VGC, que abandonou a Rússia e a Belarus em 2022, e não mantém mais qualquer ligação comercial ou participação nesses países. “A Wargaming realizou uma saída estratégica dos mercados da Rússia e da Belarus há três anos”, afirma a nota.

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A empresa esclareceu que transferiu as operações locais para a gestão da Lesta Studio, de maneira gratuita e sem questionamentos, extinguindo qualquer chance de retomar o controle da empresa. “Não possuímos ativos ou interesses comerciais na Rússia e Bielorrússia.”

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Saída após invasão da Ucrânia.

A saída da Wargaming do mercado russo ocorreu em abril de 2022, após a invasão da Ucrânia, com apoio da Bielorrússia. Na ocasião, a empresa demitiu o diretor criativo de World of Tanks, Sergey Burkatovskiy, após suas declarações públicas de apoio à invasão.

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Dois meses depois, a empresa anunciou novos estúdios na Sérvia e na Polônia, como parte de uma estratégia para fortalecer suas operações fora da região. Em 2022, a Wargaming doou US$ 1 milhão à Cruz Vermelha Ucraniana e auxiliou funcionários com realocação, moradia e salários antecipados.

Saída da indústria de jogos russa

O caso da Wargaming integra-se a uma onda de saídas da indústria de jogos eletrônicos da Rússia. Uma pesquisa do portal russo App2Top indicou que mais de 42% dos estúdios locais abandonaram o país ou planejavam fazê-lo em 2022, em decorrência do aumento das tensões políticas e econômicas após o início da guerra.

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Fonte: Adrenaline

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