SAF no Corinthians? Entenda o que é o “modelo Green Bay Packers”

Clube de futebol americano opera como reflexo de uma possível negociação do time Timão.

08/05/2025 17h42

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O Corinthians avaliou, em particular, a viabilidade de se transformar em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) nas últimas semanas. No entanto, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, rejeitou a proposta.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

SAF nunca

Apesar das intenções de líderes, outros integrantes da diretoria do Corinthians admitiram a discussão e demonstraram receptividade a diás mais aprofundados sobre o tema. A principal referência para a possível criação de uma SAF no clube seria o Green Bay Packers, time de futebol americano dos Estados Unidos.

Leia também:

Qual é o modelo dos Packers e como ele opera? O CNN Esportes detalha.

O modelo do Green Bay Packers opera com base em um sistema ofensivo que enfatiza a execução precisa, a leitura da defesa adversária e a utilização de múltiplas opções de jogo.

Com 13 títulos como maior vencedor da NFL, incluindo nove anteriores ao Super Bowl, os Packers operam de maneira distinta das demais equipes, possuindo uma estrutura de propriedade com milhares de donos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fundado em 1919, o Green Bay Packers é a única franquia da NFL que se define como uma organização sem fins lucrativos, é de propriedade coletiva. Possui mais de 530 mil acionistas distribuídos pelos Estados Unidos.

Assim, as ações não remuneram dividendos e não podem ser parceladas por lucro. Contudo, todos os acionistas possuem direito a votos em decisões importantes, como as eleições do Conselho Administrativo. O poder nunca reside em uma única pessoa.

O conselho avalia a supervisão geral, e o diretor-executivo é responsável pelas decisões diárias da equipe. A transparência é fundamental, sendo obrigatória a publicação de balanços financeiros durante a temporada.

Vai dar certo no Brasil?

Depende, mas visa incorporar recursos dos torcedores, mantendo o poder centralizado no modelo associativo, através da profissionalização de seus membros, para aumentar a receita e, por consequência, os lucros.

O sucesso dependerá da forma como o clube implementar essa cultura de transparência. No Brasil, o desenvolvimento de processos com essa característica frequentemente apresenta desafios.

O Green Bay realizou emissões de ações em várias rodadas de capitalização. Clubes associativos brasileiros poderiam adotar o modelo do Green Bay, criando uma SAF (que também não distribui lucros e possui restrição à venda das ações) e captar recursos com seus torcedores, que teriam participação minoritária na SAF. Os clubes associativos manteriam o controle da SAF, porém com uma governança mais profissional e novos recursos para investimentos, afirmou José Luis Camargo, advogado e conselheiro de administração, ao blog Lei em Campo, do UOL.

Fonte: CNN Brasil

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.