Os sindicatos dos Metroviários e dos Ferroviários estão em greve unificada desde a 0h desta terça-feira (3).
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região determinou a manutenção dos serviços de transporte em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos.
Por causa da paralisação, o rodízio de veículos foi suspenso pela Prefeitura de São Paulo, que ainda determinou toda a frota de ônibus esteja rodando durante todo o dia, e ampliou o itinerário ou reforçou as frotas de algumas linhas municipais de ônibus.
Governo diz que greve é “ilegal e abusiva”
O governo de São Paulo afirmou, na última segunda-feira (2), que a greve do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp é “ilegal e abusiva”.
“É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão”, disse a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) em nota.
Segundo o comunicado, a greve não foi convocada para reivindicar questões salariais ou trabalhistas, “mas, sim, para que os sindicatos atuem, de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas”.
Sindicatos reafirmam direito à greve
A paralisação das categorias acontece para protestar contra as concessões, terceirizações e privatizações que foram propostas pelo governo estadual.
O Sindicato dos Metroviários afirma que o direito à greve é constitucional.
“Cabe aos trabalhadores definirem os interesses pertinentes às suas categorias. Os trabalhadores do transporte e da água prestam serviços públicos e queremos que esses serviços permaneçam sendo públicos e de qualidade”, cita.
O Sindicato dos Ferroviários explica que “os trabalhadores estão dando um basta nesse processo pernicioso que é a privatização do transporte público metroferroviário em São Paulo! Basta: a população está sofrendo com a queda na qualidade dos serviços prestados nas linhas concedidas”.