Samir Xaud foi eleito presidente da CBF
Cartola de Roraima, com 41 anos, foi o único candidato para a presidência e enfrentou um boicote de 21 clubes.

O médico Samir Xaud, 41 anos, foi confirmado no domingo (25.mai.2025) como novo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O dirigente da Federação de Futebol de Roraima foi o candidato único, substituindo Ednaldo Rodrigues, que foi afastado pela Justiça do Rio. Obteve 103 votos. Liderará até 2029 a entidade que registrou um faturamento recorde em 2024, no valor de R$ 1,5 bilhão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Xaud recebeu amplo suporte: 25 das 27 federações estaduais manifestaram apoio a ele, além de clubes como Palmeiras, Vasco e Grêmio. Contudo, sua eleição foi marcada pelo boicote de 21 dos 40 clubes das Séries A e B, que não participaram da votação em protesto contra o modelo de gestão da entidade.
Formulário de cadastro
LEIA TAMBÉM:
● A Fifa implementará preços variáveis para bilhetes da Copa de 2026
● A Confederação Brasileira de Futebol realiza, no domingo, sua primeira eleição utilizando urna eletrônica
● Entenda os interesses envolvidos na eleição de Samir Xaud na CBF
O líder é especialista em medicina esportiva e assumiria o cargo de seu pai, Zeca Xaud, na Federação de Roraima, onde o grupo familiar está presente há aproximadamente 40 anos. Durante sua campanha, Samir garantiu o reforço do futebol feminino, o investimento nas categorias de base do Norte e Nordeste e a análise do estatuto da CBF, visando, segundo ele, torná-lo “mais transparente e democrático”.
Os clubes que promoveram o boicote à eleição reivindicam alterações estruturais. Dentre as principais exigências, destacam-se a revisão do sistema eleitoral da CBF – que concede maior peso aos votos das federações –, a criação de uma liga independente para organizar as competições nacionais e o aumento da transparência na gestão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O sistema vigente, no qual cada federação possui 3 votos e os clubes das Séries A e B, 2 e 1, respectivamente, tem sido alvo de críticas devido à ausência de equipes como Corinthians, Flamengo, Fluminense, Santos e Red Bull Bragantino. Essa falta de participação acentuou a divisão política que impacta o futebol brasileiro.
A eleição ocorreu após anos de instabilidade na CBF, com sucessivos afastamentos e punições a ex-presidentes, como Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo, todos envolvidos em denúncias de corrupção ou assédio. O novo presidente assume a missão de tentar pacificar o ambiente político e implementar as mudanças prometidas.
Fonte: Poder 360