Aumento de Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza A em Diversas Regiões do Brasil
O novo boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (9), revela um aumento preocupante de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados pela influenza A em várias regiões do Brasil. A alta de casos relacionados ao vírus, um dos quatro tipos que causam a gripe (A, B, C e D), tem gerado alertas entre pesquisadores, considerando a intensa conexão do estado de São Paulo com outras regiões do país e o potencial de disseminação do vírus.
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Situação Regional da Influenza A
O boletim também destaca um aumento significativo de casos de influenza A no Centro-Oeste. A região está passando por uma segunda onda do vírus, o que é considerado atípico para a época do ano. Segundo Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenadora do InfoGripe, “agora é possível ver que o número de casos graves pelo vírus começa a diminuir no Distrito Federal, mas continua aumentando em Goiás”.
Dados Nacionais sobre SRAG e Influenza
Em 2025, foram registrados 189.278 casos de SRAG em todo o país. De acordo com os dados, 52,9% dos casos tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, 35,9% apresentaram resultados negativos e 4,7% ainda aguardam resultados. Entre os casos positivos, a influenza A foi identificada como responsável por 23% dos casos, seguida pela influenza B (1%), vírus sincicial respiratório (VSR) (42%), rinovírus (27%) e Sars-CoV-2 (8%).
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Óbitos e Distribuição dos Vírus
No que diz respeito aos óbitos, foram registrados 11.389 casos. Desses, 51,8% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório. Entre os casos com resultados positivos, a influenza A foi identificada em 50,7% dos casos, seguida pela influenza B (1,8%), VSR (11,9%), rinovírus (13,8%) e Sars-CoV-2 (22,7%).
Regiões com Incidência Elevada
O boletim aponta que 7 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, com tendência de aumento nas últimas seis semanas: Amazonas, Goiás, Paraná, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Santa Catarina.
Vírus Mais Comuns em Casos e Óbitos
Nas últimas quatro semanas, os vírus mais associados ao quadro foram: rinovírus (42%), influenza A (17%), Sars-CoV-2 (16%), vírus sincicial respiratório (11%) e influenza B (2%). Entre os casos fatais, a distribuição foi diferente: Sars-CoV-2 (52%), rinovírus (22%), influenza A (16%), vírus sincicial respiratório (5%) e influenza B (2%).
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