Satélites a 550 km da Terra detectam avanço de espuma tóxica no Rio Tietê

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Sabesp identificam a causa do problema no Rio Tietê como o lançamento de esgoto não tratado e anunciam ações…

05/08/2025 12h57

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(Imagem de reprodução da internet).

Imagens de satélite em órbita, a 550 km da Terra, capturam o avanço da espuma tóxica que invade o Rio Tietê na região de Salto, interior de São Paulo. A imagem de 19 de julho revela uma pequena concentração de espuma próxima à cachoeira que dá nome à cidade. Na outra foto, de 1º de agosto, é possível observar que o manto de espuma branca se estende até o limite da área urbana, sentido oeste, em uma extensão aproximada de 5 quilômetros.

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O governo de São Paulo e a Sabesp atribuem a espuma ao esgoto não tratado e apontam investimentos para universalizar o tratamento até 2029. O registro demonstra um avanço notável em poucos dias. Segundo a SOS Mata Atlântica, a espuma é causada pela presença de detergentes e saponáceos contidos no esgoto que é despejado no rio.

As imagens foram capturadas pela constelação Dove, da Planet, composta por mais de 130 satélites. A plataforma da SCCON, empresa brasileira especializada em geotecnologia, realiza o monitoramento com a detecção de mudanças e a emissão de alertas climáticos, por exemplo.

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Devido à rotação da Terra em torno de seu eixo, os satélites captam imagens da superfície terrestre diariamente. As imagens fazem parte da rede do programa Brasil MAIS, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os órgãos municipais e estaduais podem ter acesso às imagens e alertas, via RedeMAIS, e tomar decisões estratégicas e emergenciais com o acompanhamento diário das imagens.

A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) declarou que o fenômeno da espuma no Tietê é histórico e decorrente de fatores como o despejo de esgoto sem tratamento, efluentes industriais e o descarte inadequado de lixo em córregos e rios.

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Na região metropolitana de São Paulo, até 2023, o volume de esgoto não tratado correspondia a 22 mil piscinas olímpicas mensais. A empresa destina R$ 70 bilhões para a universalização do saneamento nas cidades em que atua até 2029. No primeiro ano da privatização, a empresa pôde tratar o esgoto de 1,4 milhão de pessoas.

A Secretaria de São Paulo relata que a CETESB, empresa ambiental do Estado, monitora os casos de formação de espumas no Tietê e aumentou as fiscalizações em estações de tratamento, indústrias e municípios que não tratam esgotos. Em 2023, foram aplicadas multas no valor de R$ 3,8 milhões.

O governo projeta R$ 20 bilhões em investimentos em saneamento e conectar 2,2 milhões de domicílios à rede de esgoto até 2029.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

Fonte por: Jovem Pan

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