Scott Chambers alerta: segurança psicológica é pilar para performance empresarial. Consultor britânico, ele destaca a importância de ambientes seguros para ideias e dúvidas, superando tendências de RH
À medida que a implementação da NR-1 se aproxima (prevista para 2026), a segurança psicológica emerge como um tema de extrema relevância para empresas e gestores. Scott Chambers, consultor britânico com mais de 30 anos de experiência em liderança e programas de gestão, defende que este conceito transcende a mera tendência do mercado de Recursos Humanos, configurando-se como um pilar fundamental para a performance, inovação e saúde corporativa.
Chambers, que acompanha a estreia da WeConsultHR, startup de soluções globais em RH da América Latina, ressalta a importância de criar ambientes onde os colaboradores se sintam seguros para expressar suas ideias, dúvidas e preocupações, inclusive diante de desafios.
Segundo Chambers, a segurança psicológica se refere a uma cultura onde as pessoas se sentem à vontade para se expressar, compartilhando ideias, dúvidas, preocupações e até mesmo erros. Este conceito não se traduz em “falar por falar”, mas sim na criação de um ambiente onde todos contribuem com seus conhecimentos e percepções, sem o receio de represálias. É crucial distinguir a segurança psicológica de conceitos como “clima leve” ou “liderança gentil”, que podem ser interpretados erroneamente.
Um dos principais obstáculos para o desempenho das equipes, segundo Chambers, é a falta de confiança. Quando o ego domina a sala, a inteligência coletiva se perde. Para superar esse desafio, é fundamental que as lideranças adotem uma postura de escuta e valorização das contribuições de todos os membros da equipe.
A forma como os gestores respondem a um erro ou a um problema é um indicador crucial da existência ou não de segurança psicológica na empresa.
Chambers identifica alguns sinais claros de que uma empresa não possui segurança psicológica. Entre eles, destacam-se a tendência de as pessoas apresentarem apenas boas notícias, a visão do erro como fracasso e silêncio nas reuniões, e o relato de colaboradores que afirmam que “aqui a gente não fala o que pensa”.
Esses indicadores devem alertar os gestores para a necessidade de promover uma cultura de abertura e confiança.
A implementação da NR-1, prevista para 2026, visa endereçar problemas como a falta de segurança psicológica. No entanto, Chambers avalia que o Brasil não está preparado para essa mudança. O risco é que a norma se torne um checklist burocrático, levando as empresas a cumprirem os requisitos de forma superficial, oferecendo treinamentos rápidos e acreditando que assim fizeram sua parte.
A segurança psicológica não se cria com palestras, mas sim com o comportamento das lideranças.
Para implementar a segurança psicológica de forma genuína, Chambers sugere começar pequeno, criando “microclimas” de confiança dentro da equipe. É fundamental estabelecer rituais de fala franca, como reuniões mensais, e valorizar quem fala, mesmo que a ideia não seja boa.
A confiança só se constrói quando as pessoas percebem que não há risco em se expressar. O caso do banco Barings, retratado no filme Rogue Trader, ilustra os perigos de uma cultura que não promove a comunicação aberta e transparente.
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