Secretário de Estado afirma que a inflação tem outras causas
Guilherme Mello afirma que a nova linha de crédito do Minha Casa, Minha Vida e do Crédito ao Trabalhador apresenta impacto restrito.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, reduziu nesta segunda-feira (19.mai.2025) a importância das linhas de crédito do governo para a inflação. Ele afirmou que os maiores impactos nos preços decorrem de fatores externos.
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Ele citou a expansão de abrangência do Minha Casa, Minha Vida e do programa Crédito ao Trabalhador, afirmando que essas políticas são voltadas para um público específico.
“Claramente isso se destina a um público específico. Não tem essa influência inflacionária como as pessoas falam”, declarou Mello a jornalistas ao comentar as novas projeções da Fazenda para a economia.
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Compreenda cada ação:
Mello declarou que o programa habitacional é resultado da influência do cenário em que o financiamento das ações se tornou restrito devido à escassez de recursos na caderneta de poupança.
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A nova versão do Minha Casa, Minha Vida, direcionada à classe média, apresenta uma taxa de juros ligeiramente inferior, porém próxima daquela praticada no SBPE [Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo], a taxa de mercado.
Ele também precisa ser considerado o cenário de juros elevados no Brasil. O Banco Central tem elevado as taxas em uma tentativa de frear o aumento da inflação por meio da política econômica. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.
A análise de especialistas indica que as políticas expansionistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impulsionam a economia, o que pode elevar a inflação e agregar riscos já diagnosticados como prejudiciais.
O Banco Central está alinhado com essa análise. A ata da reunião que elevou as taxas de juros indicou que a desaceleração econômica é um “elemento necessário” para o controle dos preços.
Já sobre o Crédito ao Trabalhador, Mello declarou: “Poder oferecer ao trabalhador uma opção de renegociar uma dívida mais cara tomando uma mais barata não tem impacto inflacionário, tem impacto sobre a saúde financeira dessa família”.
O secretário declarou que o cenário externo acarreta os maiores impactos na inflação. Ele cita a cotação do dólar. A moeda norte-americana tem apresentado queda em relação à cotação no início do ano, o que impacta a inflação, sobretudo devido ao custo das importações.
“Existe uma série de questões muito mais relevantes ocorrendo no mundo e parece que o problema reside nessa política pública específica, quando não é.”, declarou Mello.
Não há influência eleitoral.
Informações que circulam entre os agentes financeiros na quinta-feira (15.mai) indicam a intenção do governo de implementar novas políticas públicas fiscais visando obter apoio nas eleições.
Mello rejeitou essa afirmação: “Se o governo não tiver perspectiva de implementar outra política pública, então para que serve o governo?”.
Fonte: Poder 360