Secretário de Estado afirma que a inflação tem outras causas

Guilherme Mello afirma que a nova linha de crédito do Minha Casa, Minha Vida e do Crédito ao Trabalhador apresenta impacto restrito.

19/05/2025 19h52

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, reduziu nesta segunda-feira (19.mai.2025) a importância das linhas de crédito do governo para a inflação. Ele afirmou que os maiores impactos nos preços decorrem de fatores externos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele citou a expansão de abrangência do Minha Casa, Minha Vida e do programa Crédito ao Trabalhador, afirmando que essas políticas são voltadas para um público específico.

“Claramente isso se destina a um público específico. Não tem essa influência inflacionária como as pessoas falam”, declarou Mello a jornalistas ao comentar as novas projeções da Fazenda para a economia.

LEIA TAMBÉM:

Compreenda cada ação:

Mello declarou que o programa habitacional é resultado da influência do cenário em que o financiamento das ações se tornou restrito devido à escassez de recursos na caderneta de poupança.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A nova versão do Minha Casa, Minha Vida, direcionada à classe média, apresenta uma taxa de juros ligeiramente inferior, porém próxima daquela praticada no SBPE [Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo], a taxa de mercado.

Ele também precisa ser considerado o cenário de juros elevados no Brasil. O Banco Central tem elevado as taxas em uma tentativa de frear o aumento da inflação por meio da política econômica. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.

A análise de especialistas indica que as políticas expansionistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impulsionam a economia, o que pode elevar a inflação e agregar riscos já diagnosticados como prejudiciais.

O Banco Central está alinhado com essa análise. A ata da reunião que elevou as taxas de juros indicou que a desaceleração econômica é um “elemento necessário” para o controle dos preços.

Já sobre o Crédito ao Trabalhador, Mello declarou: “Poder oferecer ao trabalhador uma opção de renegociar uma dívida mais cara tomando uma mais barata não tem impacto inflacionário, tem impacto sobre a saúde financeira dessa família”.

O secretário declarou que o cenário externo acarreta os maiores impactos na inflação. Ele cita a cotação do dólar. A moeda norte-americana tem apresentado queda em relação à cotação no início do ano, o que impacta a inflação, sobretudo devido ao custo das importações.

“Existe uma série de questões muito mais relevantes ocorrendo no mundo e parece que o problema reside nessa política pública específica, quando não é.”, declarou Mello.

Não há influência eleitoral.

Informações que circulam entre os agentes financeiros na quinta-feira (15.mai) indicam a intenção do governo de implementar novas políticas públicas fiscais visando obter apoio nas eleições.

Mello rejeitou essa afirmação: “Se o governo não tiver perspectiva de implementar outra política pública, então para que serve o governo?”.

Fonte: Poder 360

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.