Segundo o censo, o Brasil registra 2,4 milhões de pessoas com autismo; a maioria corresponde a homens

Novas informações sobre o Transtorno do Espectro Autista foram apresentadas nesta sexta-feira (23); especialista comenta na CNN.

23/05/2025 20h25

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(Imagem de reprodução da internet).

O Censo Demográfico de 2022, apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 23 de setembro, revelou que 2,4 milhões de brasileiros possuem diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) – representando 1,2% da população. A condição é mais comum em homens (1,5%) em comparação com mulheres (0,9%), com maior incidência em crianças de 5 a 9 anos, que apresentaram o maior percentual: 2,6%.

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A concentração mais elevada de diagnósticos em idades mais jovens decorre da evolução dos métodos diagnósticos e do aumento da atenção nas escolas e famílias, além de evidenciar desafios contínuos de inclusão educacional e social.

Esses dados são fundamentais para o planejamento de políticas públicas, considerando o acesso e a obrigatoriedade dos setores da escola, e reconhecendo a necessidade de profissionais mais capacitados para auxiliar e atender a essas pessoas. Há urgência em promover mudanças nas formações, permitindo que outras disciplinas sejam inseridas nos currículos das faculdades, a fim de proporcionar maior informação no sentido técnico de como ajudar essas pessoas, afirma Tatiana Serra, neuropsicóloga e especialista em Transtorno do Espectro do Autismo, da CNN.

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A taxa de escolarização entre pessoas com autismo (36,9%) excede a média nacional (24,3%), notadamente em crianças e adolescentes. Aproximadamente 70% dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista frequentam o ensino fundamental, com a concentração predominante entre os idades de 6 e 14 anos. No ensino superior, a presença de autistas é de apenas 0,8%.

Observa-se também que 46,1% das pessoas com TEA com 25 anos ou mais possuem apenas o ensino fundamental incompleto ou não possuem escolaridade, em comparação com 35,2% da população geral.

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A taxa de diagnóstico mais elevada foi observada no grupo branco (1,3%), ao passo que os indígenas apresentaram a menor (0,9%).

A nova pesquisa indica que o Sudeste possui a maior quantidade absoluta de indivíduos com TEA, seguido pelo Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. Em relação às proporções, as diferenças entre as regiões são mínimas.

Isso também tem razão. São Paulo é uma cidade populosa que possui grande acesso à informação e mais facilidade para os profissionais, isso explica essa concentração. Se analisarmos o Centro-Oeste e o Nordeste, são regiões que apresentam precariedade de profissionais, às vezes de informação, isso tudo está refletido nos dados, finaliza Tatiana Serra.

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Fonte: CNN Brasil

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