A classificação para a próxima Copa já está assegurada e a seleção, mesmo enfrentando uma das piores fases de sua história, preserva o recorde de ser a única presente em todos os Mundiais, desde 1930, no Uruguai. Contudo, você, leitor, pode argumentar que o Brasil apenas cumpriu uma obrigação, considerando que o Mundial de 2026 será o mais amplo de todos os tempos, com 48 seleções.
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A vitória de ontem contra o Paraguai, em São Paulo, evidenciou novamente a falta de craques no time nacional. Consta a ausência de jogadores decisivos, como, por exemplo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, os três grandes nomes da conquista do penta, em 2002. Possivelmente, a maior estrela esteja atualmente no banco de reservas: Carlo Ancelotti. O italiano completou 66 anos, nesta terça-feira, e recebeu o presente de Vini Júnior, autor do gol único, que assegurou a classificação antecipada. O resultado proporciona tranquilidade ao treinador e diminui a pressão sobre a seleção, que terá um trabalho árduo até o ano que vem. No entanto, as dúvidas e as incertezas ainda são numerosas.
No Brasil, as duas últimas rodadas das Eliminatórias serão contra Chile, em 4 de setembro (no Maracanã ou Mineirão), e Bolívia, fora de casa, cinco dias depois. Ancelotti, que está iniciando seu trabalho, obteve um empate contra o Equador na semana passada e, agora, a primeira vitória diante dos paraguaios. Apesar de faltar um ano para a Copa, o tempo é curto para definir e preparar o grupo que tentará o inédito hexa. Ancelotti tem o desafio de mudar a mentalidade dos jogadores e, claro, buscar um time ideal, capaz de encarar os europeus sem o malfadado “complexo de vira-latas”, como dizia o cronista pernambucano Nelson Rodrigues. Nunca é demais lembrar que as últimas cinco eliminações brasileiras em Copas foram justamente para seleções europeias: França (2006), Holanda (2010), Alemanha (2014), Bélgica (2018) e Croácia (2022).
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Na partida de ontem contra o Paraguai, o primeiro tempo apresentou bom desempenho, porém o time nacional perdeu o ritmo na segunda etapa. Contudo, houve um acúmulo de passes, mas faltou foco na finalização. Atualmente, o Brasil possui 25 pontos, ocupando a terceira posição, atrás do Equador e da líder Argentina.
Com a expansão da Copa do Mundo de 32 para 48 seleções, seis sul-americanos vão direto para o Mundial de 2026, e outro ainda tentará uma vaga na repescagem. Além de Estados Unidos, México e Canadá, países sede, já estão garantidos na competição: Brasil, Argentina, Irã, Japão, Nova Zelândia, Jordânia, Uzbequistão, Coreia do Sul e Austrália.
A principal preocupação, após as Eliminatórias, é com a qualidade dos amistosos que a seleção fará até a Copa. A CBF planeja jogos contra equipes africanas e asiáticas. Sem desmerecer, são insuficientes para a preparação. A tendência é evoluir, mas conquistar a Copa depende de inúmeros fatores e do imponderável.
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Fonte por: Jovem Pan