Senado pretende ouvir ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sobre a gripe aviária

A Comissão de Agricultura do Senado aprovou na terça-feira (20.mai.2025) um pedido para que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, apresentasse informações sobre os casos de gripe aviária no Brasil. Segue o documento integral (PDF – 324 kb).

Por ser um convite, Fávaro não é obrigado a comparecer. Contudo, é recomendável que os ministros aceitem o convite. A data ainda será definida.

Formulário de cadastro

Os senadores propõem que Fávaro apresente informações sobre a situação da gripe aviária e detalhe as medidas que o Ministério da Agricultura adotará para mitigar os efeitos no setor pecuário.

Esforços para reduzir a restrição.

Favier afirmou nesta terça-feira (20.mai) que o governo brasileiro permanece em negociações com autoridades da China para regionalizar as restrições aplicadas às exportações de carne de frango após a identificação de um caso de gripe aviária em uma granja localizada em Montenegro (RS).

O objetivo é restringir o bloqueio aos 10 km do epicentro da doença. Segundo Favaro, o Brasil solicitou formalmente à GACC (Administração Geral das Alfândegas da China) que a suspensão das compras alcance apenas os produtos avícolas originados nas imediações do surto. O pedido foi enviado pela Embaixada do Brasil em Pequim na segunda-feira (19.mai).

Segundo Fávaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou a redução das sanções ao presidente da China, Xi Jinping. O ministro ressaltou que existem indícios positivos, mas defendeu a prudência.

É necessário ter grande cautela na manifestação neste momento. É imprescindível transparência na condução. Há sinais de que pode ser localizado geograficamente, porém 5 dias é um período excessivamente curto para que se sintam seguros em relação à sua localização.

Atualmente, o protocolo sanitário estabelecido entre os dois países determina que qualquer caso de gripe aviária em rebanho comercial acarrete a suspensão imediata das exportações do Brasil como um todo. As vendas para o mercado chinês estão interrompidas desde 15 de maio.

O ministro afirmou que não houve tempo para finalizar o protocolo de regionalização com a China. Já se encontravam em tratativas de regionalização.

Ele afirmou que, se não forem registrados novos focos da doença nos próximos 28 dias, haverá expectativa de que a regionalização seja formalizada tanto com a China quanto com a União Europeia.

O Brasil é o principal destino da carne de frango chinesa. O governo federal também negocia com outros países importadores a adoção de medidas semelhantes, com o objetivo de amenizar os impactos comerciais do ocorrido.

Fonte: Poder 360