Senador busca adiar análise da Lei do Impeachment com críticas do STF!

Senador PDT busca retirar projeto de atualização da Lei do Impeachment. Proposta da CCJ, com tema de 1950, enfrenta resistência e falta de consenso. Gilmar Mendes atua no debate

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(Imagem de reprodução da internet).

O senador da República pelo estado do Maranhão (PDT) manifestou sua intenção de solicitar a retirada do projeto que propõe atualizar a Lei do Impeachment. A proposta, que seria o primeiro tema a ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (10), ainda não conta com o parecer do relator.

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O parlamentar explicou que está organizando o apoio de outros colegas para a solicitação.

Atraso na Análise e Articulação Política

A decisão de adiar a análise do projeto também foi sugerida pelo presidente da CCJ, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), autor da proposta. Há articulação política nos bastões para o adiamento da votação, devido à falta de consenso e à ausência do parecer final de Weverton.

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A expectativa é que o projeto avance após os ajustes necessários.

Ampliação do Rol de Impeachment e Processo Decisório

O projeto de lei, datado de 1950, busca modernizar a legislação, alinhando-a à Constituição de 1988. Ele amplia o número de autoridades sujeitas ao processo de impeachment, incluindo o Presidente da República, ministros de Estado, ministros do Supremo Tribunal Federal, membros de tribunais superiores, integrantes do Ministério Público, comandantes das Forças Armadas, conselheiros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), governadores e secretários estaduais.

O texto também estabelece um prazo de 15 dias para que as autoridades competentes analisem os pedidos de impeachment, permitindo a apresentação de recursos.

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Decisão e Julgamento

Para que o processo seja aceito, é necessário o voto favorável de 2/3 dos senadores. A instrução e o julgamento do caso serão conduzidos por uma comissão especial do Legislativo, presidida pelo presidente do STF, quando o tema for tratado no Senado, ou pelo presidente do Tribunal de Justiça, nos casos estaduais.

Em caso de aprovação, a autoridade será afastada por até 180 dias, mantendo salário e estrutura, com o julgamento ocorrendo em tempo hábil.

Debate e Tensão entre Poderes

A discussão sobre o projeto ocorre em um momento de tensão entre o Legislativo e o Judiciário. O debate se intensifica com a recente decisão do ministro Gilmar Mendes, que restringiu a Procuradoria-Geral da República (PGR) nos pedidos de impeachment contra ministros do STF.

A questão da separação dos poderes é central para o debate.

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