O senador Carlos Viana (Podemos-MG), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, determinou a prisão de Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA). O pedido foi apresentado pelo deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
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Esta é a terceira pessoa a ser presa no âmbito da investigação da CPI.
Motivações para a Prisão
O senador Viana justificou a medida, apontando que o depoente, durante seu papel de testemunha, apresentou informações falsas, negou fatos e permaneceu em silêncio quando solicitado a colaborar com a verdade. Gaspar detalhou quatro episódios que fundamentaram o pedido de prisão.
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Casos Apontados na Investigação
Um dos casos envolveu o silêncio de Abraão Lincoln sobre o conhecimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Gaspar ressaltou que essa omissão configura uma tentativa de obstruir a investigação. Outro ponto levantado foi a declaração do depoente sobre sua relação com Gabriel Negreiros, que Gaspar considerou mais próxima do que deveria ser.
Além disso, Abraão Lincoln não informou sobre os amplos poderes de Adelino Rodrigues Junior para movimentar recursos da CBPA. Gaspar enfatizou que, em todas essas ocasiões, o depoente apresentou informações falsas e calou a verdade.
Outras Prisões e Investigações
Adicionalmente, foram presos Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), e Rubens Oliveira Costa, apontado como intermediário entre Abraão Lincoln e outros envolvidos.
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A investigação da CPI do INSS apura suspeitas de desvio de recursos dos benefícios de aposentados e pensionistas.
A CBPA, investigada na Operação Sem Desconto, tem conexões com empresas de Antônio Camilo Antunes e relações financeiras com políticos de estados como Rio Grande do Norte, Paraíba e Maranhão. A entidade possui assento no Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conape), representado pelo deputado Juscelino Miguel dos Anjos (Republicanos-PB).
As investigações revelam movimentações financeiras significativas, incluindo o bloqueio de bens da CBPA e o rastreamento de valores como R$ 410 milhões em transações bancárias entre maio de 2024 e maio de 2025.