Senadora solicita em CPI investigação sobre campeão de reality show apostar ao vivo em plataforma de jogos

A relatora da CPI das Bets no Senado, Soraya Thronicke (Podemos-MS), solicitou que o influenciador digital e participante do reality show “A Fazenda 13”, Rico Melquiades, realizasse uma transmissão ao vivo em uma plataforma de cassinos durante a audiência do colegiado. Ele está sendo investigado pela Polícia Civil de Alagoas por suspeitas de promoção irregular de jogos de azar online.

O influenciador, que depõe nesta 4ª feira (14.mai.2025) na condição de vítima, realizou a demonstração aos congressistas jogando no Fortune Tiger, conhecido popularmente como “jogo do tigrinho”.

Apesar de atender à solicitação de Soraya Thronicke, Rico questionou a relatora, afirmando que o pedido não foi feito pela influenciadora e empresária Virginia Fonseca, que se manifestou na CPI na terça-feira (13.mai).

Assista (6min12s):

O influenciador digital afirmou que sua renda não se originou apenas dos jogos, mas também do reality show e dos anúncios em que esteve envolvido após a participação no programa da TV Record.

Antes das apostas, participei de um programa de televisão, a Fazenda 13, que é um reality show. Não sei se vocês sabem, fui vencedor do programa, onde ganhei R$ 1,5 milhão. Após deixar o programa, fiz diversas publicidades de alto valor.

Rico Melquiades foi perguntado pelo presidente da CPI, o senador Dr. Hiran (PP-RR), sobre o valor que obtém na promoção de jogos, mas optou por não dar resposta. Ele também afirmou não ter conhecimento dos prejuízos causados pelas apostas online.

O direito de permanecer em silêncio é um direito fundamental que garante a pessoa a não ser compelida a produzir declarações que possam prejudicar seus interesses.

Na terça-feira (13.mai), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a concessão de um habeas corpus que garantiu ao influenciador o direito de permanecer em silêncio durante a sessão para não se incriminar e ser assistido por seu advogado.

Esta reportagem foi elaborada pela estagiária de Jornalismo Sabrina Fonseca com a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.

Fonte: Poder 360