O tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou em mensagem a familiares na campanha de 2022 que seria preso se Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomasse posse na Presidência da República.
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As mensagens de Mauro Cid para familiares, reveladas em reportagem do UOL, mostravam seu temor de ser preso caso Lula vencesse a eleição.
Estou apreensivo, inclusive com a minha segurança, e sei que serei preso se o Lula retornar ao poder. Sei que serei preso sem ter culpa alguma e serei usado como bode expiatório.
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O militar considerou, inclusive, a possibilidade de fugir do país em outra mensagem. Para ele, o Brasil se assemelhava a uma Venezuela.
“Nem o Exército. Agora o Exército me segura porque está com o presidente, mas depois, ninguém segura. Eu vou ser preso. Se eu não sair do Brasil ou fugir ou alguma coisa, eu vou ser preso. E pelo país. O país vai entrar no que é a Venezuela”, disse.
Mauro Cid foi preso pela Polícia Federal em maio de 2023, durante operação que investigou a inserção de dados falsos nos cartões de vacinação contra a Covid-19. Em um dos áudios enviados, como mostrou o UOL, Cid faz elogios à gestão da pandemia por Bolsonaro, afirmando que o Brasil foi um dos primeiros países a bancar o desenvolvimento da vacina.
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Ademais, declarou que os atrasos na aquisição dos imunizantes foram motivados pelo receio em relação a possíveis efeitos colaterais, sem afirmar que Bolsonaro ordenou qualquer impedimento à compra de vacinas.
Cid manifesta em outra mensagem de voz para familiares que o Brasil “não suportaria” outro governo do PT e estima que o montante dos esquemas de corrupção atingirá R$ 1,5 trilhão.
Se retornar ao Brasil, o Brasil não suporta. O Brasil não suporta mais um governo do PT, não suporta mais o que o PT fez no Brasil. O Brasil é muito rico, chegamos a uma situação, os dados de corrupção entre Petrobras, BNDES e Caixa é R$ 1,5 trilhão nos anos do governo PT, disse.
Fonte: Poder 360