Servidor admitiu ter realizado ataques contra 17 veículos em São Paulo

Exm. Sr. Procurador Geral da Justiça teve pedido de prisão preventiva protocolado junto ao Ministério Público.

22/07/2025 21h32

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O servidor público Paulo Edson Aparecido Campolongo, 68 anos, integrante da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) do Estado de São Paulo, admitiu ter cometido atos de vandalismo contra 17 ônibus na capital paulista e em municípios da região metropolitana, conforme declarado pela Polícia Civil nesta terça-feira (22.jul.2025).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com os investigadores, Campolongo exerce a função de motorista do chefe de gabinete da CDHU há 30 anos. Na entrevista, ao ser questionado sobre suas razões, teria declarado que os atos eram uma forma de “protesto” e que almejava “consertar o Brasil”.

A promotoria já solicitou à Justiça a prisão preventiva de Campolongo e seu irmão, também indiciado como cúmplice nos atos criminosos. Um dos episódios imputados ao servidor ocorreu em 15 de julho, na avenida Jorge João Saad, na capital paulista, quando uma criança sofreu ferimentos por estilhaços.

LEIA TAMBÉM:

A Polícia Civil informou que os ataques ocorreram em diversas localidades de São Paulo, Osasco e São Bernardo do Campo. Na residência do suspeito, os investigadores localizaram estilingues e bolinhas de gude empregados nos ataques. Em pelo menos uma das ocorrências, o indivíduo teria utilizado um coquetel molotov.

“A motivação que ele coloca é realmente um motivo de protesto dele, que ele não concorda com nada que acontece neste país”, afirmou Júlio Teixeira, delegado da Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na internet, Campolongo costumava criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e figuras como o deputado federal Guilherme Boulos (Psol). Ele também expressava apoio ao ex-candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Investigação

A polícia já prendeu 22 indivíduos ligados aos crimes, com a apreensão de 8 adolescentes e 1 criança. As penas aplicadas aos suspeitos podem atingir 3 anos de reclusão. Até segunda-feira (21.jul), na Grande São Paulo foram registrados 813 casos de arremesso de ônibus, em contagem iniciada em 1º de junho.

A polícia investiga com a possibilidade de “efeito manada” e não de uma ação coordenada em larga escala. Outras linhas investigativas permanecem em aberto, incluindo possível envolvimento de empresas de ônibus e disputas entre sindicatos.

“Esta prisão poderá ampliar o que já construímos, ou então nos oferecer outra linha do cenário que estamos analisando. A investigação ganhará força para que tenhamos provas daquilo que delineamos como possibilidade”, declarou Emerson Massafera, chefe da comunicação da Polícia Militar.

O Poder360 não localizou o advogado de Campolongo. O espaço permanece aberto para manifestações.

Fonte por: Poder 360

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.