Setor produtivo chinês excede projeções em abril; comércio minorista apresenta resultados abaixo do esperado

O resultado indica que as ações de apoio do governo conseguiram minimizar os efeitos de uma guerra comercial com os Estados Unidos.

19/05/2025 9h37

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(Imagem de reprodução da internet).

A produção industrial na China apresentou desaceleração em abril, contudo, demonstrou resiliência, indicando que as políticas de apoio do governo mitigaram os efeitos de um conflito comercial com os Estados Unidos.

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O crescimento industrial avançou 6,1% em abril em comparação com o ano anterior, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Escritório Nacional de Estatísticas, apresentando desaceleração em relação aos 7,7% registrados em março, porém superando a expectativa de aumento de 5,5% apurada em uma pesquisa da Reuters.

A resiliência de abril é, em parte, resultado do apoio fiscal antecipado, afirmou Tianchen Xu, economista sênior da Economist Intelligence Unit, referindo-se a maiores gastos governamentais.

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Os indicadores apresentaram um crescimento superior ao previsto, impulsionado por exportações robustas, conforme apontam economistas. Esse cenário foi sustentado por empresas que desviaram recursos de outros países e por nações que aumentaram suas compras de materiais na China, em razão da reestruturação do comércio mundial provocada pelas tarifas implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Contudo, os dados de ontem destacaram o impacto das tarifas recíprocas americanas, afirmou Xu, ademais de salientar que “embora o volume de valor agregado industrial tenha crescido rapidamente, o valor das exportações entregues permaneceu praticamente inalterado”.

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Pequim e Washington concordaram na semana passada em revogar a maior parte das tarifas aplicadas aos produtos um do outro, a partir de abril. Essa suspensão de 90 dias interrompeu uma disputa comercial que afetou as cadeias de suprimentos globais e gerou preocupações com uma possível recessão.

O comércio exterior da China superou os desafios e manteve um crescimento estável, demonstrando forte resiliência e competitividade internacional, afirmou Fu Linghui, porta-voz do departamento de estatísticas, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira.

Ele complementou que a diminuição da tensão comercial favorecerá o desenvolvimento do comércio bilateral e a retomada da economia global.

Especialistas advertiram que a pausa temporária e a condução incerta do presidente dos EUA continuam a projetar uma sombra sobre a economia chinesa, focada nas exportações, que ainda se depara com tarifas de 30% acrescidas das taxas já existentes.

O mercado imobiliário ainda não apresentou indicadores de recuperação, com a manutenção dos preços das casas e a diminuição dos investimentos no setor.

As vendas no varejo, indicador do consumo, registraram alta de 5,1% em abril em relação ao ano anterior, inferior ao crescimento de 5,9% em março e à expectativa de expansão de 5,5%.

A desaceleração foi atribuída por economistas ao impacto das tarifas dos EUA e à fraqueza da demanda interna.

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Fonte: CNN Brasil

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