Shadow AI: IA paralela preocupa líderes brasileiros. Novo estudo da SAP aponta que 8 em 10 executivos se preocupam com o uso de ferramentas de IA externas sem aprovação. A prática, impulsionada pela busca por eficiência, gera riscos à segurança e propriedade intelectual das empresas
A inteligência artificial está se tornando cada vez mais presente no ambiente corporativo, mas essa ascensão vem acompanhada de um fenômeno preocupante: a “Shadow AI” ou IA paralela. Essa tendência, em que funcionários utilizam ferramentas de IA externas, sem a aprovação formal da empresa e do departamento de TI, está ganhando força no Brasil e em outros países.
Segundo um estudo global da SAP, em parceria com a Oxford Economics, 8 em cada 10 líderes brasileiros se preocupam com o uso dessas ferramentas. “O funcionário não usa Shadow AI por malícia, mas por busca de eficiência”, explica Daniel Lázaro, líder de dados e IA da consultoria Accenture na América Latina. “Ao colocar segredos industriais em uma plataforma de IA generativa pública, ele está potencialmente treinando o modelo do seu concorrente.”
A Shadow AI surge da necessidade de otimizar tarefas e aumentar a produtividade. Em vez de esperar que a empresa forneça as ferramentas ideais, os funcionários buscam soluções externas, muitas vezes utilizando plataformas de IA generativa disponíveis publicamente.
Essa prática, embora motivada pela eficiência, representa um risco para a segurança da informação e a propriedade intelectual das empresas. A tendência é que essa utilização se torne mais comum, impulsionada pelo avanço da inteligência artificial generativa nas rotinas profissionais.
No Brasil, 66% das companhias brasileiras admitem que o uso de Shadow AI ocorre com alguma frequência. Atualmente, 23% das tarefas corporativas já contam com algum tipo de suporte de IA, e a expectativa é que esse número suba para 40% até 2027. Além disso, quase sete em cada dez empresas (69%) afirmam que a tecnologia tem sido eficaz para solucionar os principais desafios de negócio, proporção acima da média global (59%). Apesar do potencial, as empresas brasileiras enfrentam desafios na integração de dados de forma responsável entre áreas internas e com parceiros externos, com 70% relatando pouca confiança nessa capacidade.
Para lidar com a Shadow AI, o caminho não é a proibição, mas a educação e a criação de alternativas. Segundo Daniel Lázaro, as empresas devem oferecer um ambiente corporativo seguro, como um ChatGPT interno, e educar o time para entender o impacto ético e de negócio do uso da Shadow AI. “Os funcionários precisam entender que colar uma estratégia confidencial em um chatbot público é diferente de usar um conversor de PDF online.” A Accenture recomenda que as líderes converta essa prática em inovação gerenciada.
Os investimentos em IA no Brasil chegam a US$ 14,2 milhões (R$ 77,4 milhões) por ano, com retorno médio de 16% — igual à média global — e projeção de 31% em dois anos. Esse ritmo de crescimento é comparável ao da Alemanha (37%) e do Reino Unido (40%). A expectativa é que os agentes autônomos liderem a próxima etapa da inteligência artificial no Brasil, impulsionando a transformação dos negócios. “Quando a IA é integrada a dados de qualidade e fluxos de trabalho inteligentes, o retorno aparece de forma concreta e sustentável”, diz Rui Botelho, presidente da SAP Brasil.
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