Sigla do PSDB autoriza união com Podemos visando à disputa de 2026
O partido terá sete senadores e vinte e oito deputados; as siglas manterão seus presidentes até o final do ano e implementarão um rodízio de seis meses.

O PSDB aprovou na quinta-feira (5.jun.2025) a fusão com o Podemos para evitar o alcance da cláusula de desempenho. A alteração obteve 201 votos a favor e 2 votos contra.
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Esta é a primeira fase de um processo que ainda demandará alguns meses até a homologação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O Podemos ainda precisa aprovar oficialmente a fusão em convenção partidária.
Com a incorporação, o novo partido contará com 7 senadores e 28 deputados. Adotará temporariamente o nome PSDB+Podemos.
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A proposta é que, até o fim do ano, os presidentes atuais, Marconi Perillo (PSDB-GO) e Renata Abreu (Podemos-SP) permaneçam em seus cargos. Em seguida, durante os primeiros três anos, a direção nacional operará de forma alternada, com a troca a cada seis meses.
A união partidária é a consolidação definitiva de dois ou mais partidos políticos, que passam a integrar uma única legenda. As denominações partidárias deixam de existir independentemente, com um único estatuto, diretório e CNPJ. Ao contrário da federação, não se admite a separação posterior.
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Tucanos estão ameaçados de extinção.
Em 2017, foi aprovada uma Emenda Constitucional que instituiu o regime da cláusula de desempenho. Esta previsão determina um requisito para que partidos políticos obtenham acesso ao fundo partidário e à propaganda gratuita em rádio e televisão. A intenção é diminuir o número de partidos existentes, incentivando os menores a se unirem ou a serem absorvidos por organizações maiores, visando aprimorar a governabilidade.
Existem hoje 11 parlamentares com representação na Câmara que se encontram próximos da linha de corte. Um deles é o PSDB. O partido possui 13 deputados, de 8 Estados distintos. O limite do piso da cláusula de barreira em 2026 será de 2,5% dos votos válidos e 13 deputados distribuídos em 9 unidades da Federação.
Caso todos os parlamentares tucanos em exercício sejam reeleitos no próximo ano, sem que o partido obtenha aumento de representação em outras unidades federativas, perderá o acesso ao financiamento público e ao tempo de televisão.
Assim, o PSDB se viu obrigado a procurar uma alternativa. Seus líderes negociaram com vários partidos nos últimos meses. Tiveram diás com integrantes do MDB, PSD, Republicanos, Solidariedade e até do PDT, porém o diáque avançou foi com o Podemos.
Fonte por: Poder 360